(010) Sentindo a importância das nossas “buscas” interiores, para o despertar da “Sensibilidade da Alma”.

Que bom que você veio para este encontro. O décimo deste espaço virtual, que ajudará você conhecer a “subjetividade” da sua “realidade interior”, mediante “buscas” de condições que favoreçam o despertar da sua “sensibilidade da alma”.

Que bom que você veio iniciar uma nova “caminhada”, para conhecer a “luminosidade interior” do seu “viver”. O “viver” que para a escritora Lya Luft , “deveria ser – até o último pensamento e o derradeiro olhar – transformar-se” (fonte: “Perdas & Ganhos”, Edição Comemorativa 10 anos, ano 2013, Editora RECORD).

Por sua vez, no capítulo “A marca no flanco”, complementa a consagrada escritora:

-Talvez seja utopia, mas se eu deixar que se embote a minha sensibilidade, quando envelhecer, em vez de estar ressequida, eu terei chegado ao máximo exercício de meus afetos.

-Tudo se complica porque trazemos nosso equipamento psíquico. Nascemos do jeito que somos: algo em nós é imutável, nossa essência são paredes difíceis de escalar, fortes demais para admitir aberturas. Essa batalha será a de toda a nossa existência.

Agora, dê uma parada na leitura e volte a sua atenção para o “caminho” da paisagem acima, estimulando o querer “sentir” a “percepção subjetiva” do seu “imaginário”.

É a paisagem de um “caminho” ladeado de árvores. Um “caminho” semelhante ao da nossa “existência”, que não tem fim. Um “caminho” que (com o alcance da nossa visão) termina com o início de uma curva que será atingida pelo caminhar de um homem (um viajante solitário). Uma curva que o levará para uma ainda desconhecido, nesta dimensão existencial.

Observa-se que na harmonia da composição do cenário da paisagem, no “instante” da nossa contemplação, a percepção interior do nosso “imaginário” nos envolve com impulsos sensórios de sensações de projeções subjetivas de estados de “paz”, estados de “serenidade interior” e de “bem-estar”.

São sensações sensórias da nossa “interioridade”, da “subjetividade” da “essência” da “sensibilidade da alma”.

São as “percepções interiores” do “sentir” os nossos “estados de alma” que não comportam, no “instante” da contemplação da paisagem, a condicionante sensação ilusória da passagem do “tempo”.

Na natureza, tudo reflete a presença do “BELO”, em sintonia de harmonização com o “sentir” a “sensibilidade da alma”.

Em tudo que se manifesta na natureza (e dentro de nós), só existe o “sentir” da sensação de um único tempo. A do “tempo real”, que “flui” e molda os registros sensórios das nossas “percepções interiores”.

Na natureza, não existe o “transitório” e nem mesmo o “efêmero”, porque tudo se transforma sem desfigurar a plenitude do seu esplendor, que varia de acordo com as preferência subjetivas das nossas percepções interiores.

Tudo que existe na natureza (nas projeções sensórias da nossa “realidade interior), ficará perpetuado na “memória” do nosso “sentir” existencial e espiritual.

Na natureza (como em todas as manifestações do nosso “existir”) o “tempo” não passa. Somos nós (em relação ao imaginario do passar do “tempo”) que passamos pelo ciclo de evolução do nosso “viver”. Uma passagem ilusória, ao contrário da passagem transmitida nos versos da música “Como uma onda”, de Nelson Motta.

O “tempo” é uma “abstração”, uma “ilusão enganosa”, como explica o conceituado neurocientista da atualidade, Antonio Damasio, Diretor do Instituto do Cérebro e da Criatividade, da Universidade do Sul da Califórnia, no seu artigo sobre “O Tempo na Nossa Mente” (fonte: publicação da Biblioteca Scientific American/Brasil, n. 3, sobre o tema “Enigmas do Espaço-Tempo”):

– Várias estruturas cerebrais contribuem para a organização de nossas experiências em cronologias de eventos recordados.

Em seguida, complementa:

– Desconhecemos como o tempo mental se relaciona com o relógio biológico do tempo corporal. Tampouco é claro se o tempo mental depende de um só instrumento para seguir o tempo, ou se a duração de nossas experiências e a ordem temporal dependem essencialmente, exclusivamente até, do processamento das informações. Se esta última alternativa for verdade, o tempo mental deve ser determinado pela atenção que damos aos eventos e às emoções que sentimos quando eles ocorrem. Deve ainda ser influenciado pela maneira como registramos esses eventos e pelas interferências que fazemos conforme os percebemos e os relembramos.

Quero justificar a inclusão desses informes da neurociência, porque entendo que para a percepção do despertar da nossa “sensibilidade da alma” (proposta central deste espaço virtual), considero ser de fundamental importância a nossa aceitação “consciente” de que o “tempo” não existe.

O “tempo” não existe, principalmente, para a “ressignificação espiritual” do nosso “existir”, do nosso “viver”. Não existe para as nossas “buscas interiores”, que fazem parte da necessidade de “crescimento” em todos os sentidos.

Eu gosto desta explicação de OSHO (fonte: Introdução do livro “Destino, liberdade e alma”):

– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.

Portanto, todos nós precisamos estar “conscientes” da importância do significado existencial (e também espiritual) do nosso “viver”.

Dois registros relevantes merecem atenção:

O primeiro, é a revelação do psiquiatra e filósofo italiano Mauro Maldonato, na entrevista concedida à revista Psique Ciência & Vida, ao visitar o Brasil para lançar o seu livro mais recente – “Da Mesma Matéria que os Sonhos” (fonte: Revista PSIQUE, ano VIII, n. 103):

– Acreditamos erroneamente estar cientes da maior parte de nossas funções mentais. Ao contrário, grande parte dos processos nervosos é inconsciente. Nosso cérebro continua a funcionar durante o sono. Por outro lado, muitas funções mentais – da decisão à memória e à visão – ocorrem, em maior parte, em nível inconsciente. (…) Enfim, numerosas funções mentais se realizam sem o nosso controle e sem que saibamos.

O segundo, é esta comprovação do citado neurocientista Antonio Damasio, em entrevista concedida em Portugal à Ana Gerschenfeld (fonte: www.Público.pt/ ):

– Quando olhamos para o mar, não vemos apenas o azul do mar, sentimos que estamos a viver esse momento de percepção.

Termino esta mensagem, sugerido que pensem sobre a importância das nossas “buscas interiores”, do nosso “autoconhecimento”, que, certamente, favorecem o despertar da essência da nossa “sensibilidade da alma”.

Notas:
1.Esta mensagem está sendo novamente postada, em razão do ataque de hackers ocorrido no ano passado.
2.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
3..Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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12 respostas para (010) Sentindo a importância das nossas “buscas” interiores, para o despertar da “Sensibilidade da Alma”.

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