“Uma bela velhice é, comumente, recompensa de uma bela vida.”
São palavras do filósofo e matemático grego Pitágoras (c.570-495 a.C). Que síntese preciosa de valoração do nosso existir, condicionando o reconhecimento de “uma bela velhice” como sendo recompensa de “uma bela vida”. Confesso nunca ter pensado assim, pois sempre detive minha atenção para este meu subjetivo reconhecimento:
– Para cada um de nós parece existirem ciclos do nosso viver concentrando espécies de oportunidades, de possibilidades de descobertas e de acontecimentos, desejados ou não por nós, que condicionados à nossa liberdade de escolhas determinarão o que fomos nesta dimensão de vida.
O que motivou este nosso encontro foi a excelente abordagem da doutora em Filosofia pela PUC de São Paulo, Monica Aiub, com o título “A velhice e o tempo”, divulgada na sua coluna PENSEI, Edição 177 da Revista humanitas, da Editora Escala. Esta é a sua segunda participação em nossa caminhada para o “autoconhecimento”. Dela destaco estes enfoques para os quais peço a sua atenção (numerei):
Monica, conclui:
Se a velhice é, como afirmou Beauvoir, uma modificação de nossa relação com o tempo, se como seres vivos somos dotados de plasticidade e capazes de nos reinventar, por que não transformamos nossos modos de viver a partir da relação com o tempo que temos hoje?
Termino este nosso encontro com esta explicação da minha filha, Jamille Mamed Bomfim Cocentino, na introdução do seu livro “O Amor nos Tempos da Velhice – perdas e envelhecimento na obra de Gabriel Garcia Márquez”, publicação da Editora Casa do Psicólogo, fruto de pesquisa de mestrado no Programa de Pós-Graduação em Psicologia Clínica e Cultura da Universidade de Brasília:
– Neste estudo, partimos do princípio de que pensar os aspectos subjetivos relacionados à velhice e suas perdas constitui um imperativo para os profissionais da saúde mental na contemporaneidade. É uma oportunidade ímpar de oferecer uma parcela de contribuição para a expansão do conhecimento sobre uma temática que nos parece insuficientemente tratada e estudada na literatura psicológica do Brasil. A literatura é, sem dúvida, uma importante possibilidade e instrumento para auxiliar a compreensão de processos subjetivos que perpassam a velhice e suas perdas. A literatura pode fornecer uma contribuição valorosa aos estudos da psicologia que buscam um entendimento melhor e mais profundo do processo de envelhecimento em nossa cultura e dos processos subjetivos associados às perdas na velhice.
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.