(074) Sentindo o poder e a energia das nossas “palavras”.

Em muitas mensagens deste espaço virtual, tenho afirmado que a maioria dos temas escolhidos foram recebidos por “intuição”. Sendo assim, percebo que todas as manifestações do nosso “sentir” fluem, mesmo através da escrita, com mais espontaneidade porque são transmitidas pela percepção interior da nossa “Sensibilidade da Alma”. Essa fluidez decorre da diferença sensória que existe entre o “sentir emocional” de quem escreve em sintonia com a sua “Sensibilidade da Alma”, e a predominância do “sentir racional” de quem ler o que manifestamos pela escrita.

Certo é que a leitura da “palavra escrita” nunca revelará, com exatidão, a essência do “sentir emocional” de quem escreveu a mensagem. Isto porque toda leitura sempre será interpretada por quem está lendo. Essa natural dualidade de comportamentos poderá ser atenuada quando, entre quem escreve e quem ler, existir “identidades de interesses” sobre o assunto da mensagem.

Por sua vez, o mesmo ocorrerá com a nossa fala, em que as palavras ecoam tanto o nosso “sentir emocional” como o nosso “sentir racional”.

A escrita com a “Sensibilidade da Alma” deverá ser lida com a “Sensibilidade da Alma”.

Lendo “O livro do Caminho e da Virtude” (extensão do livro Tao Te Ching), traduzido do chinês e comentado por Wu Jyh Cherng, reeditado no Brasil pela Mauad Editora, encontrei nos seus 81 (oitenta e um) poemas várias referências ao significado da fluidez das “palavras” que, quando por nós são pronunciadas, emitem parte do nosso Chi (energia). Para esta mensagem, selecionei estas citações:

Poema 23: Falar pouco é falar apenas o essencial. Uma pessoa que fala mais do que seja necessário ou conveniente para se fazer compreender corre o risco de se perder do fundamental em suas mensagens (…). Natural é a pessoa falar pouco, e neste pouco dizer o essencial para o seu ouvinte. Natural também é falar com sinceridade, de acordo com o coração (…).

Poema 27: Palavras são veículos da comunicação usados por uma pessoa para transmitir ideias. A boa palavra, portanto, é a palavra simples e direta, clara e objetiva, através da qual a pessoa comunica a essência de uma ideia sem deixar confusões ou falsas avaliações sobre o que é declarado (…). Mas para alcançar a condição de falar a boa palavra, é preciso falar com verdade e a sinceridade interior (…). Então, a boa palavra nasce do coração sincero de quem tem clareza a respeito do que pensa, de quem só fala do que sabe e acredita, e de quem age no mundo de acordo com as palavras que diz.

Poema 56: A palavra é o instrumento usado por uma pessoa para enviar mensagens escritas ou faladas (…) a palavra que traduz a compreensão é exteriorizada, mas a essência da compreensão permanece preservada no âmago de quem a enviou, e no âmago de quem a recebeu, se este também conseguir despertá-la no seu interior. A palavra está ligada ao mundo exterior porque é uma tentativa que a pessoa faz de expressar a compreensão que se encontra no seu interior, e esta compreensão representa o seu mundo interior.

Termino esta mensagem com esta humanista recomendação de Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI) que, com sabedoria, ensina que todos nós temos a nossa individualidade. Essa individualidade interior também é mostrada através do poder da energia das nossas “palavras”, que são reveladoras da essência do nosso interior, da nossa “Sensibilidade da Alma” (fonte: Jornal BS Brasil Seikyo, edição n. 2293, de 26 de setembro de 2015):

– (…) você é você, não outra pessoa. Não há necessidade de se comparar aos demais; é a sua vida. A questão vital é: o que realmente pensa e sente nas profundezas de sua vida? (…) O importante é que se torne o tipo de pessoa capaz de estimar, prezar e sentir satisfação em relação à sua própria vida, que é preciosa e insubstituível.

Desejo que as suas “palavras”, seja pela escrita ou quando pronunciadas, transmitam a essência interior da sua “Sensibilidade da Alma”.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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2 respostas para (074) Sentindo o poder e a energia das nossas “palavras”.

  1. Angelia disse:

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