(135) Sentindo estar em nós, o que precisamos encontrar.

O que motivou esta mensagem foi o meu encontro ontem com Bruno, irmão de Ana Clara. Por “intuição”, disse-lhe o seguinte: – “Você é um buscador que ainda não encontrou o que está “buscando”. O que você precisa “buscar”, será encontrado dentro de “você”.

Na mensagem anterior, com o título – Sentindo, em nós, o intuir do “Despertar da Espiritualidade” -, fui subjetivamente inspirado para dar ênfase ao nosso “poder de intuição”. Ao tentar explicar essa faculdade “inata” do ser humano, fiz referência à excelente abordagem da jornalista Valéria Alvim, destacando, dentre outras das suas considerações, o seguinte (Fonte: Revista Mente e Cérebro, da Scientific Américan, ano XII, edição 287 de dezembro de 2016, lançada no Brasil pela Editora Segmento):

– A palavra “intuitione”, de origem latina, é formada pela junção de “in” (dentro) e “tuere” (olhar para). Sob esse prisma, a intuição seria a capacidade de voltar-se para si mesmo e ouvir-se. Essa intrigante capacidade (…) é o que chamamos de intuição. Ao usá-la, primeiro nos apropriamos de um saber que nem se quer tínhamos conhecimento de que dispúnhamos e só mais tarde vem a explicação consciente sobre a atitude tomada. Terminei a mensagem, com este precioso “pensar” de Carl Jung:

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior.

Certo é que todos nós (seres de origem “superior” e “transcendente”) estamos, nesta dimensão de vida imersos nas nossas caminhadas de “escolhas”. Não existe um “sentido da “vida”. Somos nós que determinamos os sentidos do nosso “existir” e, principalmente, para o nosso “viver”. No reino animal, somente nós temos “autoconsciência” (entenda-se, como sendo a capacidade cognitiva de perguntar, para nós mesmos, “o que somos” quando ainda não “sentimos ser”, o que “desejamos ser”).

Todas as conquistas dos nossos processos de “buscas” (sejam de que natureza forem), somente poderão ser acalçadas pelo favorecimento interior de “condições” de “autoconhecimento”. Dependem, necessariamente, do conhecimento sensório do despertar do nosso “sentir interior”. Dependem, portanto, com conhecimento das manifestações da essência do despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. São “condições” que ensejam “sentir” e “vivenciar” os nossos estados de “iluminação interior” (“existencial” e “espiritual”). A plenitude sensória desses dois estados de “integração” e “auto-harmonização”, emerge do silêncio vindo da nossa “quietude interior”. A respeito, gosto destas palavras do primeiro discurso de Siddhartha Guatama, sobre o Darma (Fonte: “A essência dos ensinamentos de buda”, do monge budista vietnamita Thich Nhat Hanh, lançado no Brasil pela Editora Rocco):

– (…) eu entendi profundamente que nada pode existir apenas por si, mas que tudo está inter-relacionado com tudo o mais. E entendi também que todos os seres contêm em sua natureza o potencial para despertar.

Complemento, com esta advertência de Bruce Hood, professor de psicologia do desenvolvimento na sociedade, da Universidade de Bristol, na Inglaterra (Fonte: “Recriando a realidade”, Edição Especial da Revista Mente Cérebro, n. 46, publicação da Scientific American, lançada no Brasil pela Editora Duetto):

– (…) nossa mente funciona de acordo com sua própria realidade. Ou seja: o cérebro cria um modelo do mundo que presumimos, na maioria das vezes, ser preciso. No entanto, muitas vezes, não é bem assim. Ilusões visuais ilustram vividamente interpretações cerebrais equivocadas. Em alguns casos, fazem suposições falsas sobre o mundo, distorcendo nossa percepção. Uma pesquisa recente revelou a atividade neural de áreas cerebrais ligadas a vários tipos de percepções ilusórias. A descoberta sugere que, em vez de vermos simplesmente o que existe, recriamos o mundo em torno de nós constantemente utilizando uma espécie de “matriz” dentro da nossa cabeça. (…) O mundo não aparece em nossa mente de forma passiva, mas é ativamente interpretado. (…) Nosso cérebro abstrai a realidade constantemente e interpreta o mundo ao nosso redor. Mesmo quando sabemos a verdade sobre uma ilusão, muitas vezes essa percepção não muda a nossa experiência. Até onde o cérebro sabe, se um evento for uma ilusão, ele pode muito bem ser realidade.

Dedico esta mensagem para Bruno, desejando que ele continue com as suas “buscas” porque, de acordo com OSHO, o homem “sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é”.

https://www.youtube.com/watch?v=9k5xEVL2l6U

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Vídeo Youtube “Músicas de Natal 2016 as melhores”

Neste Natal, muita paz e harmonia espiritual para todos vocês.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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