Em 23/07/2015, nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” – uma jornada de transformação interior, postei a mensagem 54 sobre a Sensibilidade da alma” da atriz Denise Fraga. Iniciei esse encontro com este seu “sentir”:
“Todos nós estamos compondo a nossa história de vida. Ela é o espelho que reflete a trajetória da nossa caminhada existencial. Com imagens de “perdas” de “ganhos do que somos e do que sonhamos ser”, do nosso “pensar”, e de todo o nosso “viver”, a vida é um fluente processo de sucessivas descobertas.”
Decorridos quase dez anos, Denise cura no teatro a dor pela morte da sua mãe, Wilma Rodrigues, transmitindo o seu entendimento sobre o papel da arte para lidar com o sofrimento. Destaco estas partes do seu encontro com Ricardo Pedro Cruz, da Splash, em São Paulo (numerei):
1. Sobre a forma de lidar com o próprio sofrimento.
Denise: “Se eu não conseguisse transformar em beleza os sofrimentos… Eu li livros que me ajudaram. Eu tinha visto uma peça que tinha me ajudado muito. A minha própria peça me ajuda. Fazer arte me ajuda a transformar, de alguma maneira, minhas dores em vozes que eu compartilho com aquele público… Você não deixa de sofrer, mas você embeleza muito a existência. Acho que o teatro te restaura o fascínio pela existência, o fascínio por estar no jogo, por querer viver. Falo isso quando a gente está ensaiando: – “Não precisa ter final feliz, não gosto de final feliz, não quero ter final feliz, mas precisa dar vontade de viver.…”
2. Sobre o seu contato com a arte.
Denise: O contato com a arte, seja qual for a expressão, proporciona um reconhecimento de que não se está sozinho — seja na dor ou na alegria. A experiência de ver uma peça de teatro e sentir a reação da plateia ao lado pode trazer uma melhor compreensão das próprias emoções… Isso não é uma frase feita, eu tenho visto. Eu vejo o que aconteceu com um marido que foi arrastado para o teatro. Eu vejo essa pessoa que começou a peça sentada para trás na cadeira, eu vejo esse cara se ajeitando e ficando de boca aberta, em estado de reflexão…
3. Sobre o seu otimismo quanto ao futuro do teatro, como um espaço para uma conexão profunda entre as pessoas.
Denise: O que eu mais gosto, sei lá, eu virei meio uma especialista nisso… O que eu mais gosto no meu ofício é fazer alguém rir e ao mesmo tempo que eu faço essa pessoa pensar. E o que é mais incrível: quando você consegue se divertir pensando, você entra num estado de prazer. O teatro faz você ter insights…
Termino este nosso encontro com a energia deste “sentir” de Denise:
– “O tempo corre tão rápido, mas quando bem aproveitado a memória é muito feliz.”
Complemento:
Mesmo com essa ligeira passagem do tempo, todos nós sempre estamos muito sensíveis aos bons momentos de nossas vidas.
Pensem nisso.
Notas:
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3. Vídeo Maria Bethânia – Sensível Demais, reproduzido do youTube
Muita paz e harmonia espiritual para todos.