“Sob a história, a memoria e o esquecimento.
Sob a memória e o esquecimento, a vida.
Mas escrever a vida é outra história.
Inacabamento”
São palavras do filósofo e pensador francês Paul Ricoeur (1913-2005), na sua impecável conferência proferida em Budapeste, com o título “Memory, history, oblivion”. Uma bela síntese relacionando a história à nossa memória e esquecimento; bem como a memória e o esquecimento à vida; para finalmente concluir que escrever sobre a nossa vida é outra história. Tudo compondo o registro do fluir dos nossos ciclos existências. Chamo isso de uma “Poética inspiração divina”.
Pergunto:
O QUE VOCÊ CONTARIA SOBRE AS NOSSAS HISTÓRIAS DE VIDA?
Essa pergunta é uma prática de “autoconhecimento” porque, na contemplação de tudo e de como subjetivamente sentimos as nossas vivências e inteirações existenciais, também conhecemos nós mesmos. Selecionei estes exemplos para você:
Mahatma Gandhi: “Nos momentos de dificuldade de minha vida, lembrei-me que na história da humanidade o amor e a verdade sempre venceram.”, Augusto Cury: “Procure a sabedoria e aprenda a escrever os capítulos mais importantes de sua história nos momentos mais difíceis de sua vida.”, Paulo Coelho: “Imagine uma nova história para sua vida e acredite nela.”, Jacques Bossuet: “A história é o grande espelho da vida; instrui com a experiência e corrige com o exemplo.”, Sartre: “Um homem é sempre um contador de histórias. Ele vê tudo que lhe acontece através delas. E, ele tenta viver a sua vida, como se estivesse contando uma história.”, Friedrich Engels: “O fator em última análise determinante da história é a produção e a reprodução da vida imediata.”, Albert Camus: “Se, apesar de tudo, os homens não conseguem fazer com que a história tenha significado, eles podem sempre agir de uma maneira que faça suas vidas terem um.”, Oscar Wilde: “As sensações são os detalhes que constroem a história da nossa vida.”, Terry Pratchett: “Se você não transformar sua vida em uma história, você vai acabar se tornando parte da história de alguém.”
Termino com este “sentir” da doutora em filosofia pela PUC-SP, Monica Aiub, no seu artigo “Em busca de desculpa”, onde encontrei a citação de Paul Ricoeur, publicado na edição 175 da Revista Humanitas, da Editora Escala:
– No exercício da vida, somos responsáveis por nossos posicionamentos e nossas ações e, como resultado, pelas consequências deles, tanto para nós como para todos os outros envolvidos, ainda que não os conheçamos nominalmente ou que não façamos ideia do alcance de nossas atitudes.
Complemento: É assim que também escrevemos as nossas histórias de vida.
Espero você nosso próximo encontro.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.