(234) Sentindo a necessidade de um sentido para as escolhas nas nossas vidas.

“O HOMEM PODE VIVER AS COISAS MAIS SURPREENDENTES, SE ELAS TIVEREM SENTIDO PARA ELE. MAS A DIFICULDADE É CRIAR ESSE SENTIDO”.
Em nossas vidas, esse “pensar” de Carl Jung se aplica a tudo: ao nosso agir, aos nossos desejos e ideais, mas desde que haja a necessária “determinação de propósitos”. Para mim, o “viver por viver” não faz sentido, porque será um “viver sem propósito”.

Nesta jornada para o “autoconhecimento”, já manifestei o meu entendimento sobre o significado subjetivo do “sentido da vida” (mensagem 028):

– O “sentido da vida” não é o mesmo para todos nós. É determinado pelas nossas “escolhas”. No “ciclo da vida”, é definido pelo fluir do nosso “viver”. Nem sempre podemos alcançar o “sentido da vida” que desejamos, porque a nossa “existência” é um contínuo “processo de transformação”, sujeito às surpresas da imprevisibilidade.

Certo é que esse “fazer sentido” é uma abstração de “preferência pessoal”. É, portanto, uma espécie de condição exclusiva e “personalíssima”, porque só nos pertence. Talvez seja por isso que eu gosto deste “sentir” de Paulo Coelho:

– O SEU CORAÇÃO ESTÁ, ONDE ESTÁ O SEU TESOURO. E O SEU TESOURO PRECISA SER ENCONTRADO, PARA QUE TUDO POSSA FAZER SENTIDO.

Entendo que o simbólico desse “tesouro” a que se refere Paulo Coelho, está na essência interior da nossa “potencialidade espiritual”, explicada por um sentido maior: o da nossa “Transcendência Universal”, que define a nossa permanência nesta dimensão de vida, pelo ciclo infinito das nossas necessidades de evolução. Aliás, está me parecendo que seja esse o “sentido maior” que inspirou o despertar deste belo “sentir” do poeta e filósofo Mark Nepo (mensagem 119), mostrado no seu livro “A Prática Infinita”, lançado no Brasil pela Editora LeYa, com tradução de Natalie Gerhardt, que recomendo a leitura:

– O lugar da alma na Terra. Eu acredito e dou o meu coração à ideia de que a espiritualidade está atenta e vivendo seu lugar na terra. Uma vida de espírito, independente do caminho que se escolha, começa com a aceitação de fazer parte de algo maior do que si mesmo. O desejo de saber quem realmente somos, de conhecer a verdade da nossa existência e conexão com o Universo é, para mim, a questão fundamental e inspiradora com a qual o coração se compromete, uma vez que se abra pelo amor ou pelo sofrimento. Como somos levados, ou empurrados, para a nossa verdadeira natureza é o que define a espiritualidade e o crescimento espiritual.

Logo em seguida, conclui Mark Nepo:

– Embora cada caminho ofereça alguma forma de refúgio, a jornada de todo ser humano é descobrir – por meio da própria individualidade – a sua relação viva entre alma e mundo, entre ser e experimentar, e entre amor e serviço. (…) Ser humano, crescer e se transformar, em um Universo vivo, que também cresce e se transforma, desperta um senso maior e mais dinâmico de relações interpessoais e com o mundo, enquanto fazemos a nossa jornada pelas profundezas e pelas superfícies da vida. Encontrar o nosso caminho, sozinhos ou juntos, é o objetivo da amizade espiritual. Tudo o que podemos fazer é apoiarmos uns aos outros na jornada de nos tornarmos quem somos e, ao mesmo tempo, compartilhar a nossa experiência com a misteriosa Unidade da Vida.

Termino esta mensagem, desejando que você sempre encontre com as suas escolhas, o melhor caminho para o seu “viver”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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