(092) Sentindo em nós, a “temporalidade” na evolução do nosso existir.

Sempre apreciei as manifestações da “Sensibilidade da Alma” do educador e escritor Rubem Alves. Do seu “sentir interior”, emanavam contagiantes envolvimentos com a leveza de “simplicidade poética”. Ele sabia brincar com a combinação do uso das palavras, como neste exemplo de percepção do “BELO”:

– Uma pessoa é bela, não pela beleza dela, mas pela beleza nossa que se reflete nela.

Também soube valorar e eternizar a plenitude do nosso viver, com esta afirmação:

– Um único momento de beleza e amor justifica a vida inteira.

A motivação desta mensagem surgiu com este “pensar” de Rubem Alves:

– O tempo pode ser medido com as batidas de um relógio ou pode ser medido com as batidas do coração.

Tomei conhecimento dessa figurativa contagem do “tempo”, lendo esta explicação do médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo (Fonte: “O jeito Caymmi de sentir o tempo”, publicado na Revista PSIQUE, Ano VIII, no 106, da Editora Escala):

– O tempo era, para os antigos gregos, definido em duas qualidades: Chronos e Kairós. (…) Chronos é o “tempo das batidas do relógio”, a marca implacável, que fatia nossas vidas em anos, dias, horas e suas divisões. É linear. Enquanto Kairós é o tempo não linear, que dá sentido à vida e se mede “com as batidas do coração”. É quando surge a exaltação encantada da criação poética e se acrescenta qualidade boa de vida aos anos.

Termino esta mensagem, desejando que a “melodia dos batimentos do nosso coração”, orquestrada na “musicalidade existencial” desta vida, seja escutada por todas as dimensões da nossa “evolução espiritual”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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