(232) Sentindo um mergulhar interior, na sua”Sensibilidade da Alma”.

‘UM VERDADEIRO ENCONTRO DE ALMAS”
Esse interior elo de interação humana, foi assim sugerido pelo psiquiatra e psicoterapeuta Carl Gustav Jung (1875-1961):

– QUANDO ESTIVERMOS DIANTE DO OUTRO SER HUMANO, DEVEMOS PROCURAR QUE OCORRA SOMENTE UM VERDADEIRO ENCONTRO DE ALMAS.

O mesmo desejo para você, nesta jornada para o “autoconhecimento”. Aqui, os encontros são diferentes, singulares, únicos, porque só nos pertencem. São encontros com a nossa “subjetividade”, com a nossa “essência espiritual” e, portanto, com a nossa “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001). Como acredito, são eles que nos une a uma totalidade maior de espiritualidade, porque a consciência de todo ser humano é “transpessoal”. Foi essa transcendência que fortaleceu esta certeza de Jung, por ele assim transmitida de modo conclusivo (OC 14/II, § 442):

– QUE O MUNDO, TANTO POR FORA COMO POR DENTRO, É SUSTENTADO POR BASES TRANSCENDENTAIS, É ALGO TÃO CERTO QUANTO A NOSSA PRÓPRIA EXISTÊNCIA.

Aliás, acrescento, que talvez sejam esses nossos encontros individuais de “buscas interiores”, de “descobertas” significativas, que no estudo da etimologia das palavras podem ajudar entender o porquê “Psico”, que vem do grego “psyché”, significa “ALMA”.

Certo é que o ser humano, em sintonia de quietude interior, precisa se harmonizar com a essência espiritual da sua “Sensibilidade da Alma”. Precisa aprender a olhar para “dentro de si mesmo”. É com esse “olhar” que será possível “sentir” o esplendor transcendente da nossa “individualidade espiritual”. É com esse “olhar” que nós vamos poder contemplar a maravilha do fluir existencial pela nossa jornada de ser humano (mensagem 195).

Nem todas as “imagens sensórias” da nossa “ALMA” poderão ser interiormente projetadas para nós, porque muitas delas ainda pertencem a dimensões desconhecidas do nosso atual ciclo de evolução espiritual. A “alma humana”, assim como a nossa “mente”, pode ser comparada à imensidão de um “grande oceano”. Foi o que aprendi com esta bela idealização da psicóloga clínica e mestre em psicologia pela USP, Laura Carmilo Granado, publicada com o título “Eu sou normal?”, na primeira edição da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala [referindo-se a questionamentos de normalidade no estudo de doenças mentais]:

– Nenhum ser humano é igual ao outro. Cada mente tem a grandeza de um oceano e não é possível reduzir tal imensidão a um padrão com limites tão circunscritos como o de “normalidade”. (…) Quando, com muita calma e tranqüilidade colocamos um pé e depois o outro dentro do mar, aos poucos vemos que a força das ondas pode ser usada a nosso favor. Olhando de perto, o estranho se torna familiar. Quando olhamos nossa alma com veracidade, com disposição, os redemoinhos que pareciam mortíferos mostram-se como aspectos da grandiosidade humana.
Quando questionada sobre se a terapia torna as pessoas “normais”, respondo que o mar, em muitos momentos, pode se mostrar bravio, com redemoinhos e correntezas, mas suas riquezas e belezas não deixam de existir por isso.
Mesmo na tempestade, não é preciso sair de um oceano para enxergar sua beleza. Basta vê-lo de outro ponto, dar um mergulho mais fundo e vê-lo por inteiro, como o faz a terapia em nossas almas. A braveza do mar é apenas um movimento que ele apresenta em um dado momento. Todos os elementos de um oceano – braveza, redemoinhos, correntezas, calmaria, riquezas, belezas – servem, então, para torná-lo pleno e imenso.

Em seguida conclui:

– O ser humano, em determinado momento da vida, manifesta-se em tristeza, sofrimento, dúvida, confusão e dor, tais como os redemoinhos estão para o mar. Isso é “anormal”? Respondo que não, que esses são apenas alguns movimentos possíveis. O mergulhar na própria alma mostra que todas as riquezas, os tesouros e brilhos continuam lá, independente do movimento atual. O psicoterapeuta é uma corda que se tem à mão e que nos assegura a possibilidade de ir fundo, ver tudo o que há, emergir e enxergar-se pleno.

Termino, com este meu pedido:

– NOS SEUS ENCONTROS DE BUSCAS DE “AUTOCONHECIMENTO”, MERGULHE NA IMENSIDÃO DA ESSÊNCIA ESPIRITUAL DA SUA “SENSIBILIDADE DA ALMA”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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