(299) Sentindo, para o seu “pós-pandemia”, que já podemos modular a percepção dos nossos sentimentos (Parte IV da 296).

“DEZEM QUE O “ACASO” NÃO EXISTE, MAS NOSSAS VIDAS ESTÃO CHEIAS DELES. PERGUNTO: COMO VOCÊ EXPLICA O “AGORA” DESTE NOSSO ENCONTRO? HÁ MUITO ESTOU CONVENCIDO DE QUE AS NOSSAS RESPOSTAS PROCURADAS, PERMANECEM ESPERANDO DENTRO DE NÓS PARA SEREM DESCOBERTAS PELOS NOSSOS DESEJOS DE NECESSIDADES. NA JANELA DA VIDA, PODEMOS CONTEMPLAR DUAS REALIDADES: OLHANDO DE DENTRO PARA FORA, APRENDEMOS COM OS SIGNIFICADOS DAS NOSSAS EXPERIÊNCIAS DE INTERAÇÕES NO MUNDO EXTERIOR. OLHANDO DE FORA PARA DENTRO, CONHECEMOS A NOSSA SUBJETIVIDADE INTERIOR. MAS DE QUALQUER LADO DA JANELA DA VIDA, SOMOS TODOS PARTES DE UMA TOTALIDADE MAIOR E UNIVERSAL. NA JANELA DA VIDA, AS PAISAGENS DOS NOSSOS SENTIMENTOS COMPÕEM O “BELO” DOS HORIZONTES POR NÓS ALCANÇADOS COM AMOR, UNIÃO, RESPEITO E SOLIDARIEDADE. UM NOSSO “DESPERTAR INTERIOR”, QUE TAMBÉM PODE SER EXPLICADO POR ESTE “SENTIR” DO POETA MARK NEPO: O DESPERTAR NÃO É UM OBJETIVO, MAS UMA CANÇÃO QUE SEGUE ENTOANDO, ASSIM COMO OS PÁSSAROS CANTAM AO PRIMEIRO RAIAR DO DIA.”
São minhas palavras, que me foram intuídas para iniciar esta mensagem. No final da anterior, antecipei que neste nosso encontro faria algumas considerações sobre os dois temas relevantes estudados pela doutora Michele Müller e pelo médico e psicoterapeuta junguiano, Carlos São Paulo:

No seu artigo “Comunicação Energética”, a doutora Michele explica a relação entre o “coração” e a “inteligência intuitiva”, com a existência de um campo magnético em que o “coração” produz uma poderosa energia eletromagnética que se expande para o nosso ambiente externo, com informações sensoriais do nosso estado emocional. Trata-se, portanto, de uma nova modalidade de comunicação interpessoal. A minha “percepção intuitiva” sempre foi muito intensa, contendo, inclusive, em algumas circunstâncias, conteúdos sugestivos de orientações comportamentais e de iniciativas que mereceram a minha atenção. Por exemplo: a proposta de criação deste blog (mensagem 001) foi por mim recebida por intuição. Em muitos momentos da minha vida marcados por indecisões, tenho sido muito ajudado por este conselho da minha mãe: “ESCUTE SEMPRE O SEU CORAÇÃO”.

Sobre a análise literária do doutor Carlos São Paulo (com destaque para as imagens recebidas do nosso mundo interior pelos olhos internos”), este meu comentário é em forma de agradecimento. Seus conhecimentos sobre a “psique humana”, engrandecem esta jornada para o “autoconhecimento”, fortalecem e consolidam o meu propósito de querer ajudar as pessoas.

Para esta mensagem, peço a sua atenção para as seguintes considerações:

É muito importante conhecer e interpretar os estímulos que recebemos das nossas realidades, bem como as suas consequentes reações emocionais. Mas não podemos é esquecer deste ensinamento do filósofo estoico Epicteto, na sua obra The Enchiridon (135 a.C.):

– O SER HUMANO NÃO É AFETADO PELAS COISAS, MAS PELA VISÃO (PERCEPÇÃO) QUE ELES TÊM DELAS.

Aprendi com o doutor Carlos São Paulo (na sua análise literária da obra “Iemanjá”, escrita por Edsoleda Santos e publicada pela Editora Solisluna), que a linguagem inconsciente é estranha ao “EU”. Nela, seus conteúdos ficam envolvidos e trazem da profundidade as pistas para se chegar à compreensão de como agimos nas diversas situações de nossa existência. Complemento: são elas favorecem revelações do mosaico oculto e subjetivo da “psique humana”.

Termino esta mensagem, com esta explicação do doutor Eduardo Shinyashiki, mestre em Neuropsicologia e liderança educadora, sobre as “distorções cognitivas” que podem influenciar as experiências subjetivas das nossas realidades (selecionadas e por mim numeradas):

1. Nossa mente tende a confirmar a imagem pré-constituída que temos da realidade, tende a encontrar coerência entre o próprio mundo interior e a realidade externa, pois o primeiro objetivo da mente não é a verdade ou a felicidade, mas é encontrar essa coerência. As convicções, as lembranças das experiências passadas, as crenças, os julgamentos, todos os atos mentais são um esforço da nossa mente para dar significado à realidade e tentar compreendê-la.

2. Nos estudos atuais da Psicologia e da Neurociência nos é mostrado que não é a situação externa em si que determina as nossas reações emotivas, pois o mesmo tipo de evento pode ter consequências emocionais diferentes e muito variáveis entre as pessoas. Entre os eventos e as nossas reações intervêm os pensamentos, as convicções, as experiências, as modalidades com as quais interpretamos aquilo que observamos e nos acontece no mundo.

3. A mente confirma a imagem que tem da realidade por meio das distorções cognitivas que são, por sua vez, opiniões e julgamentos formulados com base nas informações que temos e que muitas vezes não têm base real com os fatos.

4. A Psicologia Cognitiva definiu como distorções cognitivas as modalidades interpretativas que distorcem a realidade e que são a base dos pensamentos automáticos e disfuncionais que caracterizam o diálogo interno negativo. (…) Se a atenção estiver direcionada ao negativo, a pessoa focará naquilo que pode dar errado. O ponto não é eliminar as distorções cognitivas, pois, como vimos, elas podem ser positivas, mas é importante saber que elas existem e temos que ficar atentos aos mecanismos que podem desencadear, afetando situações de nossa vida.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações do doutor Eduardo Shinyashiki foram reproduzidas do seu artigo “Rigidez e inflexibilidade MENTAL”, publicado na Edição 149 da Revista PSIQUE, da Editora Escala.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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