(379) Sentindo um pouco da escondida e machucada sensibilidade da alma da cantora Janis Joplin.

Há seres atemporais que conseguem universalizar o paradoxo de querer viver e morrer ao mesmo tempo.

São palavras da atriz, intérprete, escritora, tradutora, cineasta e cientista social brasileira, Tuna Dwek, que em 2016 foram publicadas na edição 105 da Revista da Cultura, da antiga Livraria Cultura, com o título “Por trás do Mito”. Selecionei para iniciar este nosso encontro, por ser um exemplo da necessidade de se conhecer os danos causados à realidade interior da saudosa cantora e compositora norte-americana, Janis Joplin, com a prática de bullying. Vou reproduzir apenas esta parte inicial:

– Há seres atemporais que conseguem universalizar o paradoxo de querer viver e morrer ao mesmo tempo. Há dores intransponíveis que encontram sua voz na arte, seja na música, seja no teatro, na dança, no cinema ou nas artes visuais e, dessa forma, libertam o artista de suas amarras internas. Assim foi com a saudosa Janis Joplin, a voz de uma geração libertária, no conservador estado americano do Texa. Vítima de constantes chacotas e humilhações de colegas de escola e supostos amigos, Janis não tinha consciência de sua beleza e, não raro, sucumbia aos cruéis comentários de quem a chamava de feia ou de “o homem mais feio da escola”. Suas composições eram a biografia de sua solidão, de sua timidez de adolescente, como também de sua profunda capacidade de amar e de sua atitude destemida frente às paixões que alimentavam sua vida. Surpreendia-se com sua capacidade de cantar, expunha suas fragilidades sem pudor e não raro pagava um preço que lhe dilacerava o coração.

Como entendo, esse triste “estado de alma” também pode ser alcançado, e até mesmo agravado, pela falta de percepção subjetiva da nossa “realidade interior” através de um acompanhamento psicológico e, também, pela falta de práticas individuais de “autoconhecimento”.

Pensem nisso.

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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