(256) Sentindo as necessidades interiores de mudanças e de aceitação.

“AQUELES QUE NÃO CONSEGUEM MUDAR AS SUAS MENTES NÃO CONSEGUEM MUDAR NADA”
São palavras do dramaturgo, jornalista e romancista irlandês George Bernard Shaw (1856-1950), que em 1925 foi laureado com o Prêmio Nobel de Literatura. Nesta jornada para o “autoconhecimento”, não posso deixar de citar este seu outro expressivo “sentir”:

– A VIDA NÃO É ENCONTRAR A SI MESMO. A VIDA É CRIAR A SI MESMO.

Esta mensagem me foi intuída logo após a leitura do excelente artigo da psicóloga Daniele Vanzan, sobre as mudanças e aceitação que devem ocorrer durante os acompanhamentos psicoterápicos. Destaco as seguintes considerações que no meu entender também se aplicam às nossas relações interpessoais:

1. Quando alguém não está satisfeito com alguma pessoa ou situação tem como única possibilidade de resolução trabalhar em sua mudança pessoal. A única forma de mudarmos o que não nos satisfaz no mundo exterior é modificar a maneira como reagimos ou lidamos com aquele desconforto. Pode ser que, a partir daí, ocorram mudanças no seu entorno e a situação perturbadora se altere. Mas, caso isso não ocorra, o maior interessado – a pessoa incomodada com a situação perturbadora – terá modificado pelo menos seu mal-estar em relação àquela situação e poderá reagir e sentir de forma diferente e extinguir unilateralmente o problema que estava aborrecendo ou causando desgaste.

2. Enquanto não aceito permaneço paralisado, bloqueado e insatisfeito. (…) Mas quando seria o caso em que necessitaríamos modificar a situação externa ou o caso de mudar algo interno em nossa estrutura? Acho que como passo inicial numa situação de sofrimento ou conflito, a parte sofredora deve buscar identificar o que nela precisa ser mudado para que possa lidar com aquela dificuldade de uma forma melhor.

3. Pagamos um alto preço tentando evitar ou negar a realidade. Pois além do desgaste e sofrimento que carregamos com a não aceitação, nos mantemos presos ao que tanto tentamos negar, tornando-o mais presente e atuante em nossas vidas. Hellinger, o pai das Constelações Familiares, costuma dizer que tudo o que excluímos ou negamos nos prende e o que aceitamos e incluímos em nossa vida nos deixa livres para seguir nosso caminho.

Certo é que nós vivemos duas subjetivas experiências sensórias: as da “realidade exterior”, de acordo com a nossa visão do mundo. As das imagens sensórias da nossa “realidade interior”, que segundo Freud e Jung são modeladas pelo inconsciente. Por sua vez, esclarece o físico austríaco Fritjof Capra no seu livro “Sabedoria Incomum”, lançado no Brasil em 1999, pela Editora Cultrix:

– O QUE ENXERGAMOS DEPENDE DO MODO COMO OLHAMOS; AS CONFIGURAÇÕES DA MATÉRIA REFLETEM AS DA NOSSA MENTE.

Volto à significativa afirmação de George Bernard Shaw:

– A VIDA É CRIAR A SI MESMO.

Pergunto para você:

– SOB O ENFOQUE DO CONTEXTO DESTA MENSAGEM, COMO PODEMOS CONDICIONAR O NOSSO “VIVER”, EM HARMONIA COM UMA DESEJADA “MUDANÇA” E “ACEITAÇÃO” DE NÓS MESMO?

Eu vou ajudar você encontrar a sua resposta, contando-lhe este “BELO” ensinamento:

– Perguntaram a um monge Zen: “O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”
Ele respondeu: “Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço”.
E então lhe perguntaram: “O que você faz agora que se tornou iluminado?”
E ele respondeu: “Eu corto madeira e carrego água do poço”.
O questionador ficou confuso e disse: “Então, parece não haver diferença”.
O mestre disse: “A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. Sua importância mudou: a prosa se tornou poesia, as pedras se tornaram sermões e a matéria desapareceu completamente. Agora há apenas Deus e nada mais. Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana”.

Complemento:

– ATRAVÉS DAS CONHECIDAS PRÁTICAS DE “AUTOCONHECIMENTO”, FAVORECEMOS O DESPERTAR INTERIOR DAS NOSSAS NECESSIDADES DE “MUDANÇAS” E DE “ACEITAÇÃO” DE NÓS MESMOS.

Notas:

1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação do artigo da Psicóloga Daniele Vanzan foi reproduzida da Edição 156 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala; o ensinamento Zen, foi copiado do livro “A jornada de ser humano”, de OSHO, lançado no Brasil pela Editora Academia, com tradução de Magda Lopes.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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