Demorei para receber a inspiração da primeira mensagem deste ano.
As manifestações interiores, independem do nosso “querer” e da nossa “vontade”. Elas surgem quando menos esperamos. Assim como os “ventos” que aparecem do “nada”, soprando forte, arrastando “tudo”. Assim “como” e “quando” somos levados pelos “ventos” dos nossos desejos parcialmente “desconhecidos” ou, quem sabe, ainda encobertos em dimensões sensórias da nossa “Sensibilidade da Alma”. Finalmente, assim quando somos levados pelos “ventos” de um “querer” (ou de muitos outros), para poder “elaborar” e “reinventar” o futuro do nosso “viver”.
O que me veio à mente foi a palavra “renovar”. Solitária, mas como toda “renovação” que, por si só, sempre será escutada de um interior “chamado silencioso”. De um “pedido”, de uma espécie de “ordem” que só nos pertence. Assim como também acontece com o viajante solitário, pelos caminhos do seu destino, sempre guiado pelo “escutar” do seu “coração”.
Essa inspiração veio ao meu encontro, de um belo “sentir interior”. Veio da minha “Sensibilidade da Alma”. Chegou, mostrando-me que em todo “renascer” de um novo ano, nós somos envolvidos por desejos de esperanças de “renovações”, para todos os sentidos possíveis do nosso “viver”. Entenda-se esse “renovar”, como sendo os desejos de novas oportunidades de “melhorias”, de “crescimentos” e de “realizações”. Entenda-se, como necessidade prioritária para o alcance de uma nova caminhada “existencial” e, também, de elevação “espiritual”.
Certo é que “renovar” depende apenas de nós mesmos. Mas é preciso que seja um “renovar” permanente, imutável, que manifeste expansão contagiante de “energia humanista”. Volto ao início desta mensagem: – É preciso que seja, em cada um de nós, um “renovar” pleno com essência de “AMOR”.
Gosto da subjetividade desta inspiração poética de Cecília Meireles, em “Cântico 13”:
– RENOVA-TE. RENASCE EM TI MESMO.
Cada vez mais estou convencido de que todos os nossos desejos de “renovar” são vindos da nossa “Sensibilidade da Alma”.
“Renovar” é querer “recomeçar”. Mas que seja sempre um “recomeçar” ainda desconhecido. Que seja diferente de todos que já foram “por nós”, e “para nós”, buscados e desejados.
Concordo com este “pensar” de Paulo Coelho:
– Todos os dias Deus nos dá um momento em que é possível mudar tudo que nos deixa infelizes. O instante mágico é o momento em que um ‘sim’ ou um ‘não’ pode mudar toda a nossa existência.
Mas não basta ficar apenas esperando esse “instante mágico” da mensagem de Paulo Coelho. Não basta porque, repito, nós precisamos experienciar um “renovar” pleno, com essência de “AMOR”.
Ah, o “AMOR”! Esse sentimento que ninguém jamais conseguirá explicar.
Vejam, por exemplo, esta conclusão do nosso Físico e Filósofo Marcelo Gleiser (Fonte: “A simples beleza do inesperado”, recentemente lançado no Brasil pela Editora Record, que recomendo porque foi, para mim, uma gostosa leitura obrigatória sobre a “pesca fly”):
– O que Einstein chamou de nossa atração pelo mistério, e que eu chamo de nossa atração pelo desconhecido, é apenas outro modo de expressar o amor. Afinal, o que é mais misterioso do que a atração que sentimos por uma pessoa amada, a convicção de que a vida sem ela seria incompleta, uma prisão, como um pequeno aquário? A “pessoa”, aqui, pode ser outro humano, ou grupo de humanos, ou a Natureza. O oposto do amor não é o ódio; é o esquecimento, a indiferença dos outros.
Cientistas podem relacionar as origens evolucionárias do amor por alguém, ou por um grupo, como uma estratégia de sobrevivência, talvez ligada a uma vantagem seletiva do altruísmo. (Se eu amo você e você me ama, eu protejo você e você me protege.) Mesmo assim, nenhuma explicação exclusivamente científica do amor é completa. (…) O amor revela seu poder quando é sentido, quando é dividido. Nenhuma explicação fisiológica de um sentimento, mesmo se essencial como área de pesquisa, poderá repor a sensação subjetiva da experiência do sentimento em si. (…) O mistério permanece: como eu sinto o amor, como você sente o amor, cada experiência única e não quantificável, expressão da nossa individualidade (cada um ama de um jeito) e da nossa identidade coletiva como espécie (todo ser humano é capaz de amar).
Termino e dedico esta primeira mensagem do 2017, para todos que acreditam e desejam um “renovar” pleno, com essência de “AMOR”.
Notas:
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