(442) Sentindo as pedras, nas realidades do nosso “existir”.

Nossos verdadeiros desejos sempre se transformam em realidade.

São palavras do escritor Paulo Coelho, imortal da Academia Brasileira de Letras. Foram por mim escolhidas para iniciar este nosso encontro porque, apesar de acreditar que muitas coisas acontecem quando têm que acontecer, também entendo que nós precisamos criar nossas realidades. A iniciativa de criação desta mensagem, veio-me à mente ao conhecer a história de “Sísifo“, assim contada por Daniel Medeiros, que é doutor em Educação Histórica e professor no Curso Positivo. Dentro do possível assim vou resumir, complementando e respeitando a inteireza da sua explicação (numerei);

1. Sísifo, na mitologia grega, foi um cidadão condenado pelos deuses a subir um morro carregando uma pesada rocha, apenas para vê-la deslizar pelo trajeto já percorrido, e depois recomeçar tudo outra vez.

2. O objetivo simbólico dessa repetição, era o de mostrar a falta de finalidade da existência humana. Explico: Ao se aproximar do topo do morro as esperanças se renovam, são feitos novos planos, e acredita-se que tudo vai ser diferente.

3. Como acontece na virada do ano, quando comemoramos o fim de um ciclo existencial de nossas vidas e outro se inicia. É quando nem sempre percebemos que as nossas simbólicas “rochas pesadas” lentamente podem refazer novos caminhos de volta, para os pés dos morros de nossas vidas.

4. Conclusão: Se compreendemos que o fluir existencial de nossas “vidas” também pode ser comparado ao “rolar da pesada rocha” de Sísifo, para o doutor Daniel Medeiros “em algum momento pode surgir a pergunta que é, segundo o filósofo Albert Camus, a única verdadeira questão da existência humana: o que fazer? Continuar? Ou, como diria o poeta João Cabral de Mello Neto, “pular da ponte da vida?”.

Complementa o doutor Daniel Medeiros, de modo conclusivo:

– “Albert Camus escreve um belo livro sobre esse personagem inigualável, afirmando que toda a alegria silenciosa de Sísifo consiste nisso. Seu destino lhe pertence. A rocha é sua casa. Da mesma forma, o homem absurdo manda todos os ídolos se calarem quando contempla seu tormento. No universo que repentinamente recuperou o silêncio, erguem-se milhares de vozes maravilhadas da Terra. O ano novo começa, nossa vida recomeça. Se temos consciência disso, sabemos que haverá pedra e haverá subida. Quando a pedra deslizar e se perder lá embaixo, estaremos no alto do morro e seremos livres. Não será por muito tempo, mas será um tempo único e incrível. Depois, desceremos com o vento no rosto, sentindo as forças da natureza restaurando nosso cansaço. E será hora de encarar a pedra novamente, com a alegria de quem sabe o que está fazendo.

Termino esta mensagem, com este meu “sentir”:

– A VIDA NOS OFERECE OPORTUNIDADES EM TODOS OS SENTIDOS DO NOSSO EXISTIR. MUITAS DELAS, AINDA ENCOBERTAS PELAS “PEDRAS EM NOSSAS CAMINHADAS, QUE PRECISAM SER POR NÓS DESCOBERTAS E REMOVIDAS.

Pensem nisso.

Notas:
1. A reprodução parcial ou total de qualquer parte desta mensagem, dependem de prévia autorização (Lei nº 9.610/98).
2. Havendo nesta mensagem qualquer alegação ou citação que mereça ser melhor avaliada ou que seja contrária aos interesses dos seus autores, mande sua solicitação para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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