“Quando damos significados e sentidos para nossas vidas, renascemos com novas motivações para o nosso “existir”.
São minhas palavras, que me foram intuídas quando me veio à mente escrever mais uma mensagem sobre a nossa “consciência”. Certamente, também motivado pela leitura da introdução do horóscopo do astrólogo Oscar Quiroga, divulgado hoje e para a qual peço a sua atenção:
– A consciência é uma réplica do funcionamento do Cosmo, o poder supremo de compreender todas as conexões que vinculam o infinito e o infinitesimal, e por as compreender também adquirir a destreza de navegar por onde quiser, na hora que quiser, sob o efeito da vontade.
Graças à consciência, o ser humano é, potencialmente, uma experiência cósmica completa, mas o jogo consiste em se aproximar à consciência pelo lado de dentro dela, por própria vontade, porque nos cansamos da ignorância e respondemos a essa aspiração de conhecer o “algo maior” que pressentimos, sem saber definir esse pressentimento. Ou seja, a consciência não se desenvolve por si só, pelo mero efeito de nascermos humanos, nada disso, a consciência precisa ser aproximada porque assim o queremos e por isso nos esforçamos.
Como acredito Quiroga deve estar sendo subjetivamente influenciado pelo estudo do posicionamento dos astros no sentido de, sempre que possível, dar ênfase às suas previsões astrológicas sobre a “consciência humana”. Vejam que recentemente, no dia 03 deste mês, enriqueceu da nossa caminhada para o “autoconhecimento” com este seu enfoque sobre “ampliação da consciência” (mensagem 398).
Agora prestem atenção para esta explicação do escritor e historiador Leandro Karnal sobre onomatopeias que, por analogia, aproveito para o tema deste nosso encontro [publicada na edição do jornal O Estado de São Paulo, edição do dia 11 deste mês, na sua coluna Cultura & Comportamento, com o título “Há um mundo real concreto, mas meu modo de apreendê-lo depende de questões subjetivas”]:
– […] Sou adepto desta linha de pensamento: existe um mundo real concreto externo a mim e que não depende da minha percepção (nem todos os filósofos concordam com isso). Porém, a maneira como eu consigo apreendê-lo depende de questões cognitivas complexas e subjetivas. Os órgãos dos sentidos – como visão, paladar e audição – fluem a partir de treinos e de questões socioambientais. Não se trata apenas de quem ouve melhor, mas como ouve em relação a outras pessoas. Existe o real externo, entretanto o que eu percebo é um diálogo complexo entre este mundo e sua apreensão/percepção no meu corpo/consciência. Isso envolve gradação (ouvir/ver mais ou menos), emoção (assustar-se com algo percebido ou não) e uma questão cognitiva desafiadora: o diálogo dos signos externos em dança permanente e mutável. (…) Posso ir às profundezas platônicas ou escutar a parente do interior: “Quem ama o feio bonito lhe parece”. (…) Claro que há reações contra a subjetividade. Platão falou que haveria um Sol fora da caverna dos enganos. A ciência lutou por enunciados mais objetivos, Séculos de debates e transformações na medicina pareciam indicar um mundo diferente.
Que belo exemplo de Leandro Karnal, sobre ter “consciência de si mesmo”.
Pensem nisso.
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.