A nossa caminhada teve início em janeiro de 2015, com estas palavras recebidas da minha “Sensibilidade da Alma” (mensagem 001):
– Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.
Em seguida, reproduzi esta lição de vida de Cora Coralina:
Não sei… Se a vida é curta
Ou longa demais pra nós,
Mas sei que nada do que vivemos
Tem sentido, se não tocamos o coração das pessoas.
Agora, neste exato instante, querendo manifestar o meu sentimento de pesar pela “elevação espiritual” de André Luft (ocorrida ontem em Florianópolis), em silêncio perguntei para mim mesmo:
DAS MATIZES SIGNIFICATIVAS DO NOSSO VIVER, O QUE DIZER PARA A MÃE LYA LUFT?
Pensei no significado da continuidade da vida, assim mostrado por Santo Agostinho em “A morte não é nada”:
A vida continua significando o que significou: continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por que eu estaria fora dos teus pensamentos,
apenas porque estou fora da tua vista?
Não estou longe, somente estou do outro lado do caminho.
Foi quando lembrei deste meu “estado de alma”, em 5 de julho de 2015 (a mesma data da “perda” da minha mãe, no ano de 1976), quando postei a mensagem 050 – “SENTINDO, NESTA VIDA, O “SOPRAR DO VENTO” QUE PERPETUA A ESSÊNCIA DO NOSSO “EXISTIR” -, do seguinte teor:
– Neste espaço virtual estou “descobrindo”, “compondo” e “mostrando” o mosaico do meu “EU” interior. O mosaico da descoberta dos significados do meu “existir”, do meu “pensar” e do meu “sentir” com a “sensibilidade da alma”.
A proposta de criação deste de espaço virtual também está sendo por mim “buscada”, porque as nossas vidas seguem pelas trajetórias das nossas “escolhas”, todas com o mesmo sentido que nós levará para outros “caminhos desconhecidos”. Como o sentido da continuidade oculta do “caminho” da paisagem acima, que será seguido pelo “homem solitário” quando contornar a curva do final “caminho” da sua “caminhada existêncial”.
Pelo fluir do “ciclo da vida” ficamos soltos (e, por vezes, leves), como se fôssemos levados pelos “ventos do destino”, que arrastam as folhas secas caídas no chão. Nesta jornada, como viajantes vindo de outras viagens, precisamos conhecer a bagagem do nosso “EU” interior. Precisamos “sentir” com a “sensibilidade da alma”, que é o “sentir” de todas as “buscas de si mesmo”.
Na minha “caminhada” (com o mesmo “sentido existencial” da sua “caminhada”) não me sinto só, porque todos nós somos partes de um “TODO”, com subjetivas interdependências que explicam em nós (e para nós) as manifestações sensórias de tudo que existe nas realidades das nossas vivências (nesta existência, e em outras transcendentes). Esse sentimento “interação existencial”, emerge da nossa “sensibilidade da alma”. Com ele, tudo se transforma dando origem a “individualidades” que seguem os seus “ciclos de vida”. A respeito, merece atenção esta bela inspiração de Paulo Coelho (fonte: “Manuscrito encontrado em Accra”, lançado pela Editora Sextante): – “Pode uma folha, quando cai da árvore no inverno, sentir-se derrotada pelo frio? A árvore diz para a folha: “Este é o ciclo da vida. Embora você pense que irá morrer, na verdade ainda continua em mim. Graças a você estou viva, porque pude respirar. Também graças a você senti-me amada, porque pude dar sombra ao viajante cansado. Sua seiva está na minha seiva, somos uma coisa só.”
Todos nós podemos ser comparados a essa “folha” caída da árvore. Ambos, temos os nossos “ciclos de vida”, com as suas finalidades existenciais bem definidas: – o da “folha”, sendo responsável pela respiração da árvore, dando a sombra, e colorindo de verde a composição do esplendor da natureza; o de todo “ser humano”, com a sua “missão existencial” contendo preciosas oportunidades de escolhas necessárias e favoráveis ao seu crescimento, em todos os sentidos.
Por sua vez, “nós” e as “folhas” perpetuamos os nossos “existir” através de sucessivos estados de transformações, que representam o “sentido da vida”. Isto porque a vida é o um contínuo processo de evolução “existencial” e de essência “espiritual”. Com o “nascer” e “renascer”, não existe o “fim”. Existe, sim, a eterna plenitude de tudo que “somos” (assim como a “seiva” da “folha” levada pelo força do “vento”, que é a mesma da “arvore” do seu “nascer”, nesta dimensão de “vida”).
Desejo DEUS no coração de Lya Luft e nos de todos que amaram e foram amados por André Luft.
Muita paz e harmonia espiritual.