(157) Sentindo a “Sensibilidade da Alma” do filósofo e escritor americano Charles Einsenstein.

Nesta fase do meu “existir”, estou vivenciando uma intensa necessidade interior de valorar a “vida” em face do efêmero em tudo, até mesmo em nós. Há um ano perguntava aos meus seguidores, como entender o “sentido da vida”. Na época, a intenção era motivar buscas de significados para o nosso “viver”, inclusive de natureza transcendente. Iniciei com este meu “pensar” (Mensagem 28):

– O “sentido da vida” não é o mesmo para todos nós. É determinado pelas nossas “escolhas”. No “ciclo da vida”, é definido pelo fluir do nosso “viver”.

Neste nosso novo encontro, complemento:

– O “sentido da vida” está, em cada um de nós, subjetivamente definido pelas “projeções sensórias” da “Sensibilidade da Alma”, por dimensões infinitas da nossa evolução “existencial” e “espiritual”. É um estado de interiorização que favorece o “tornar-se uno” com o esplendor do “BELO”, na plenitude do Universo.

Quem atinge sintonia de harmonização com a essência desse estado de “iluminação interior”, passa a interagir por meio de uma diferente maneira de “sentir” a “vida” com uma visão humanista do mundo, em todos os sentidos. É o caso do filósofo e escritor americano Charles Eisentein, autor do livro “O Mundo Mais Bonito Que Nossos Corações Sabem Ser Possível”, lançado no Brasil pela Editora Palas Athena, com 328 págs., que recomendo a leitura.
Da sua entrevista publicada na Revista Bons Fluidos, Ed.217, com texto de Raphaela de Campos Mello, lançada no Brasil pela Editora Caras, destaco o seguinte:

1. Sobre o nascimento de uma nova realidade, o que estamos semeando para colher adiante.

CE. Estamos deixando para trás o que chamo de “história da separação”: separação entre homem e natureza, entre seres humanos, entre indivíduos e comunidade (…) que está gerando todas as crises que enfrentamos atualmente, porque parte desse paradigma está ancorado na competição. (…) O mundo que conhecemos não está funcionando mais. Temos que urgentemente resgatar o sentido de comunidade. E lembrar que a todo momento podemos fazer escolhas e decidir que futuro queremos ajudar a construir.

2. Sobre o distanciamento uns dos outros atualmente, já que a tecnologia está aí para conectar pessoas e ideias.

CE. A tecnologia supre apenas parte da necessidade humana de conexão. E leva a alguns paradoxos. Por exemplo, quando estamos face a face com alguém, é custoso chamar essa pessoa de idiota e manda-la para o inferno. Mas na internet as pessoas fazem isso o tempo todo justamente porque não se trata de uma conexão real. A tecnologia cumpre o importante papel de aproximar as pessoas ao redor do mundo, sem dúvida, mas, se ela se tornar o único modo de contato, os indivíduos se tornam solitários, pois sua necessidade de obter outros tipos de ligação não está sendo suprida. (…) Seres humanos precisam sentir que são conhecidos pelos seus pares, e vice-versa – eis uma necessidade emocional profunda. (…) Temos que voltar a nos sentir íntimos das pessoas e da natureza.

3. Sobre o conceito de interser.

CE. O termo interser é mais forte do que o uso do termo interconectividade ou interdependência. Ele significa que sua existência está ligada à minha, que de alguma forma você é uma parte da minha, e vice-versa. Então qualquer coisa que aconteça a você, à pessoa ao lado, à floresta tropical, aos rios e aos oceanos também estará acontecendo a mim. Não podemos escapar das consequências. Portanto, se faço algo ruim, se rompo com o círculo da vida, isso retornará para mim. Isso significa que tudo o que está acontecendo do lado de fora também está acontecendo dentro de nós.

4. Sobre como esse entendimento modifica o nosso comportamento.

CE. Mudam-se as percepções de egoísmo e interesse próprio, pois, se você está ciente de que seus atos de gentileza e generosidade de alguma forma voltarão para você, isso o torna mais corajoso, mais aberto. Não se trata apenas de ensinamento espiritual. É algo que nos faz sentir muito bem. Temos um confiável sistema de orientação interno que nos leva na direção de ações que irão beneficiar a outros seres e a nós mesmos. Afinal, nosso bem-estar depende do bem-estar de todos. Riqueza é se sentir seguro e em paz no mundo, e não supostamente protegido atrás de muros.

5. Sobre a importância de acreditar no poder dos nossos pequenos gestos.

CE. Podemos achar que nossas ações são insignificantes e, portanto, desprovidas de poder para transformar o mundo. Mas na verdade, nossas escolhas, por mais singelas que sejam, são nossas orações, nossos atestados. Um jeito de afirmar: “É esse o mundo que eu desejo para mim e para todos”. Como negar a importância de uma avó amorosa em algum lugar do mundo que está transmitindo seu afeto a seu neto e, consequentemente, ao neto dele, e assim por diante. Daqui a 500 anos, o mundo pode ser um lugar melhor por causa dela. Quem vai ter coragem de dizer não?.

6. Sobre a maneira mais fértil de empregar o nosso tempo, “no mundo mais bonito” do seu livro.

CE. Seguir o caminho que você considera o mais bonito e que o faz se sentir vivo. Não estamos aqui apenas para sobreviver e buscar segurança, e sim para nos dedicarmos a algo que é belo e significativo aos nossos olhos. (…) Oportunidades aparecem no tempo certo, isto é, quando estamos preparados para elas. E tudo bem se cometermos erros, pois tudo isso é parte de um território desconhecido. E o único jeito de conhecê-lo é explorando-o, aprendendo com os nossos equívocos.

Termino esta mensagem, com a certeza de que já pertenço ao “Mundo Mais Bonito” de Charles Eisenstein, porque sempre estou dizendo para Ana Clara, filhas e netos: – “Eu gosto muito de você”! Faça o mesmo com quem é especial na sua vida.

Notas:

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3. Vídeo Youtube – (“The More Beautiful World Our Hearts Know Is Possible – Charles Eisenstein”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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