Tenho pensado muito sobre a origem dos nossos “estados emotivos” nas “vivências existenciais” e, principalmente, nas nossas “interações interpessoais”. Entendo que as “emoções” e os “sentimentos” são “experiências subjetivas” que se manifestam em harmonia com a essência do nosso “sentir interior”. São, portanto, “projeções sensórias” estimuladas pelas influencias que recebemos do “mundo exterior” e da nossa “realidade interior”.
Merece atenção esta explicação de Elisabeth Pacherie, pesquisadora do Instituto Jean Nicod, em Paris (Fonte: “As Engrenagens do Sentimento”, publicação da série Biblioteca Mente Cérebro, n. 5, dedicada ao tema “Emoções”, lançada no Brasil pela EditoraDuetto):
– A emoção é determinada pela maneira como representamos a situação e pela avaliação que dela fazemos.
Por sua vez, na mesma publicação, encontrei este exemplo na abordagem “O Jogo das Emoções”, de Albert Newen, professor da Universidade Ruhr, em Bochum, e Elisabeth Pacherie, pesquisadora do Instituto Jean Nicod, em Paris:
– (…) emoções complexas como amor, inveja e ciúme impõem regras e limites no contato com os outros. Quando, por exemplo, nos sentimos atraídos por uma pessoa e nos questionamos se esse sentimento é amor ou não, começamos, em nossa vivência emocional, a ponderar os desejos e convicções do outro e a compará-los com os nossos. O que sentimos funciona como uma espécie de “filtro” para lidarmos com os estímulos tanto internos quanto externos.
Em seguida, complementam de modo conclusivo:
– (…) as emoções estão intimamente ligadas aos processos cognitivos. (…) nossos sentimentos definem em grande parte, que somos e o que fazemos.
Acontece que sob uma perspectiva de “transcendência existencial”, a essência da atração pelo “sentimento de amor”, no meu entender significa envolvimento por “afinidade espiritual”. Essa atração surge espontaneamente entre todos os seres humanos. É a chamada “magia do amor” que, no entanto, precisa ser por nós favorecida e lapidada, não pela prevalência do nosso consciente “querer”, mas, sim, pela recíproca descoberta de uma “sintonia harmoniosa” do “sentir” de duas pessoas que, por força do destino, foram aproximadas para serem unidas por “amor”.
Dedico esta mensagem à Ana Clara, que está transformando o nosso “viver” e provando o acerto desta inspiração de Mario Quintana – “O amor só é lindo, quando encontramos alguém que nos transforme no melhor que podemos ser”.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.