(096) Sentindo que temos uma finalidade “existencial” e “espiritual”, necessária para a nossa evolução.

Todos nós temos uma finalidade “existencial” e “espiritual” que precisa ser por nós descoberta.

Nesta dimensão de vida, não somos “marionetes” guiadas pelas cordas que determinam os movimentos do nosso “viver”. Somos “seres pensantes”, com responsabilidades de escolhas pelas trajetórias do nosso “existir”, com individualidades e liberdade de pensar bem definidas.

A nossa finalidade “existencial” e “espiritual” não se sujeita apenas à delimitação do nosso atual “ciclo da vida” (pelo “nascer” e “morrer”). Ela também insere o envolvimento de uma vinculação de origem transcendente, porque somos viajantes por jornadas necessárias à nossa evolução e aprimoramento, em todos os sentidos.

Certo é que somos partes integrantes de um “existir universal”, em que “tudo que existe”, “como existe”, e “para que existe”, se manifesta compondo uma “unidade”, uma totalidade “existencial”, com sentidos próprios e determinantes de evolução.

Gosto da simbologia desta história zen, contada por Thich Nhat Hanh, no seu livro “A essência dos ensinamentos de buda”, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– O cavalo está galopando rapidamente, e parece que o homem que cavalga se dirige a algum lugar importante. Outro homem, em pé ao lado da estrada, grita: “Aonde você está indo?” e o homem a cavalo responde: “Não sei. Pergunte ao cavalo!”.

Explica o monge budista vietnamita:

– Esta é a nossa história. Estamos todos sobre um cavalo, não sabemos aonde vamos e não conseguimos parar. O cavalo é a força de nossos hábitos que nos puxa, e somos impotentes diante dela. Estamos sempre correndo, e isso já se tornou um hábito. (…) Precisamos aprender a arte de fazer cessar – parar nosso pensamento, a força de nossos hábitos, nossa desatenção, bem como as emoções intensas que nos regem.
Quando uma emoção nos assola, ela se assemelha a uma tempestade, que leva consigo a nossa paz.
Quando prestamos atenção e entramos em contato com o momento presente, os frutos que colhemos são a compreensão, a aceitação, o amor e o desejo de aliviar o sofrimento e fazer brotar a alegria.
Precisamos da energia da atenção plena para perceber quando o hábito nos arrasta (…). A atenção plena é a energia que nos permite reconhecer a força do hábito e impedi-la de nos dominar.
Estamos sempre em outro lugar, pensando no passado ou no futuro. O cavalo dos nossos hábitos nos conduz, e somos prisioneiros dele.
Precisamos deter este cavalo e resgatar nossa liberdade. Precisamos irradiar a luz da atenção plena em tudo o que fizermos, para que a escuridão do esquecimento desapareça. A primeira função da meditação – shamatha – é fazer parar.

A proposta deste espaço virtual consiste em, mediante buscas interiores, “voltar-se para si mesmo” e favorecer o despertar do seu “sentir interior”, que é o sentir da sua “Sensibilidade da Alma”.

Seja o barqueiro, navegando pelos mares da sua interioridade “existencial”. Nesse navegar, pelo levar das ondas do seu imaginário entre em sintonia de harmonização plena com a “essência espiritual” do seu “existir”. Asseguro-lhes que nesse “processo de interiorização”, favoreceremos as condições de convencimento de que temos uma finalidade “existencial” e “espiritual” a ser descoberta com o “sentir interior” da nossa “Sensibilidade da Alma”.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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