(153) Sentindo tornar-se uno, com as “imagens sensórias” da nossa subjetividade.

Sempre tive aguçada “percepção subjetiva” das minhas interações de vivências existenciais. Defino essa capacidade, como natural manifestação de integração do nosso “sentir”, em harmonizações com a essência transcendente de dimensões infinitas que, no meu entender, são necessárias para o aprimoramento da nossa elevação espiritual.

Certo é que todos nós temos um latente “propósito de vida”; uma missão determinante de intuitivas necessidades de crescimento em todos os sentidos. Para serem manifestadas em nós, na nossa interioridade, precisamos identificar os significados que, subjetivamente, influenciam, de modo individualizado, a nossa caminhada existencial. Esse “propósito de vida” deve ser interiormente buscado para ser “desperto” em nós, para nós, em sintonia plena de “harmonização interior” com o escutar sensório da nossa “Sensibilidade da Alma”. Trata-se, portanto, de uma “descoberta interior” que podemos alcançar pela prática permanente do “voltar-se para si mesmo”.

Sobre essa “busca interior”, gosto deste ensinamento de Ravi Ravindra, professor de Física e Religião, na Universidade Dalhousie, no Canada (Fonte: “Uma vida espiritual”, publicado na Revista SOPHIA, Ano 14, n. 61, lançada no Brasil pela Editora Teosófica):

– A auto-observação imparcial pode começar com qualquer coisa: os próprios gestos, a postura, o tom de voz, o comportamento com relação às crianças, a um animal de estimação, a uma planta. Qualquer coisa, porque cada um de nós é como um holograma; qualquer detalhe de nós mostra toda a nossa história, nossas aspirações e nosso futuro. O que se exige é a imparcialidade, porque, de outra forma, a pessoa estaria sempre certa aos seus próprios olhos.
– A auto-observação imparcial é verdadeiramente a condição sine qua non de uma vida espiritual. Se eu vejo de modo cada vez mais imparcial como a minha vida é vivida, então qualquer necessidade de transformação e qualquer esforço nesse sentido segue-se naturalmente.

Por sua vez, estou plenamente convencido de que essa busca de “autoconhecimento” tem que ser por nós conquistada e elaborada, para consolidar a nossa “finalidade existencial” nesta dimensão de vida. Isto porque, como acredito, tudo está em nós compondo o mosaico da “essência” do nosso “existir”. Somos nós, e para nós, que criamos e definimos o sentido do nosso “viver”. Essa sabedoria, com esmerada beleza de estilo, foi assim transmitida pela escritora Lya Luft (Fonte: “A Marca no flanco”, Edição Comemorativa dos 10 anos do livro “Perdas & Ganhos”, lançada no Brasil pela Editora Record):

– O mundo não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui forma, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
É uma ideia assustadora: vivemos segundo o nosso ponto de vista, com ele sobrevivemos ou naufragamos. Explodimos ou congelamos conforme nossa abertura ou exclusão em relação ao mundo.

Não tenho dúvidas sobre a nossa “conexão espiritual” com tudo que existe no Universo, porque dele fazemos parte compondo uma transcendente unidade de harmonização com todas as “projeções sensórias” que dele recebemos.

Termino, com esta interior manifestação da “Sensibilidade da Alma” do astrólogo Oscar Quiroga, publicada na edição de hoje do jornal Correio Braziliense:

– Aprecia a beleza em todas suas formas, nunca tentes desvalorizá-la ou te apropriar dela, pois, a beleza se expressa para o deleite de quem a contemplar. A beleza nunca passa despercebida, ela se evidencia nas reações que provoca, pois, mesmo as de caráter negativo, como inveja, ciúme ou atitudes perversas, todas denunciam a magia da expressão bela. Houve artistas que se consagraram a plasmar sua percepção da beleza e nos deixaram o legado de obras construídas com meticulosidade e persistência, envolvendo muito tempo e esforço. Não importa por qual dos sentidos a beleza te tocar ou que tipo de reação tu tenhas diante de sua magnificência, no íntimo saberás estar em contato com uma dimensão que te impele a continuar envolvido, porque a beleza é um claro sinal de aperfeiçoamento.

Notas:
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3.Vídeo youtube (“[OFFICIAL VIDEO – Hallelujah – Pentatonix]”).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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