(138) Sentindo como me parece ser melhor “sentir”, a chegada do Ano Novo.

A motivação desta última mensagem de 2016 está subjetivamente inserida no seu título, não devendo ser por você esperada a uma revelação dos meus desejos de “esperanças” e de muitos outros desejos. Quero que você receba e leia esta mensagem como sendo, primeiro, um convite de agradecimento a DEUS pelo nosso atual “existir” nesta jornada humana. Quero que você receba e leia esta mensagem, como sendo o convite vindo um “chamado interior”, para você refletir sobre a oportunidade de elaboração de um novo “significado” e “propósito” para o nosso “viver”. Um “chamado interior” que é “atemporal”, porque não deverá ser por nós ouvido apenas com a chegada de um novo ano em nossas “vidas”.
A respeito, confessa a escritora Lya Luft para os seus leitores (Fonte: “Pensar é transgredir”, lançado no Brasil pela Editora Record):

– Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos – para não morremos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.

– Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. (…) O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.

Conclui em seguida, com a sua “Sensibilidade da Alma”:

– Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada.
Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.

Gostei de começar o meu dia lendo esta advertência da filósofa norte-americana Martha Nussbaum, assim comentada pelo jornalista Severino Francisco (Fonte: Coluna “PENSAR”, do jornal Correio Braziliense, edição de hoje):

– Ela detecta uma forte tendência global no sentido do descarte das humanidades em favor de uma educação voltada para o lucro imediato. “Se essa tendência prosseguir”, argumenta Nussbaum, “todos os países logo estarão produzindo gerações de máquinas lucrativas, em vez de produzirem cidadãos íntegros que possam pensar por si próprios, criticar a tradição entender o significado dos sofrimentos e das realizações dos outros”. (…) “A educação não é útil apenas para a cidadania”, argumenta Nussbaum no livro.” Ela prepara as pessoas para o trabalho e, o que é fundamental, para uma vida que tenha sentido. Sem o apoio de cidadãos adequadamente educados, nenhuma democracia consegue permanecer estável”.

Termino esta mensagem desejando-lhe no ano de 2017, merecidas felicidades.

Notas:

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ESCLARECIMENTO: Esta mensagem foi redigida com muito pouca disponibilidade de tempo, porque não poderia deixar de transmitir acima, para todos, o que desejo para o ano de 2017. Hoje (01/01/2017), fiquei em dúvida sobre o cabimento da citação do “pensar” da filósofa Martha Nussbaum. Como acredito que tudo que acontece em nossas vidas tem uma razão de ser (muitas vezes por nós desconhecida), faço este esclarecimento para dizer que vou manter o registro da “preocupação” de Masrtha Nussbaum, para que possamos refletir a respeito, nesse novo ano que se inicia.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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