(463) Sentindo neste novo ano que se inicia, a importância de conhecer a história de Sísifo.

Os humanos são entidades complexas, cheios de emoções ambíguas e pensamentos discordantes. Porém, é com essas entidades que você precisa construir seu destino, contando inclusive com que você seja uma delas. É assim.

Este é o nosso primeiro encontro em 2025. As palavras acima são de uma das previsões astrológicas de Oscar Quiroga, no seu horóscopo divulgado hoje. Vejam que interessante: ele se refere à uma necessidade de favorecer a construção do nosso “destino”. Nesta caminhada para o “autoconhecimento”, nesta “jornada de transformações”, pergunto para você:

SOMOS NÓS QUE DAMOS CAUSAS PARA AS REPETIÇÕES EM NOSSAS VIDAS?

Para responder essa pergunta não podemos esquecer que nós somos responsáveis pelas nossas escolhas. Mas como explicar muitas e sucessivas repetições que vivenciamos? Nesta data, Oscar Quiroga iniciou o seu horóscopo com esta introdução:

AS REPETIÇÕES
Antes de que o ano novo fique velho novamente, pela repetição dos mesmos padrões que estruturam os relacionamentos em que te meteste, procura te interiorizar para resgatar, todos os dias, a chama que arde de esperança no réveillon, a que te motiva a continuar te lançando, todos os dias, à aventura de viver, com desapego pelos resultados. A rotina é inevitável, há repetições que precisam acontecer, são fruto da necessidade, mas há outras repetições que se articulam em torno de nossas neuroses, esses complexos mecanismos psíquicos que mantêm nossas almas amarradas a circuitos de sofrimento, abuso e opressão. Mesmo que não tenhas recursos para investir em terapias para te livrar dessas repetições, ou que desacredites da psicologia, encontra um jeito de te livrar das neuroses, não te acomodes nelas.”

Gostei desse seu reconhecimento no sentido de que a rotina é inevitável, mas também existem repetições que precisam acontecer em nossas vidas. Acrescento que sobre muitas dessas repetições, lembro de uma história da mitologia grega que ficou conhecida pela “História da condenação de Sísifo” [resumida para este nosso encontro, com estas minhas palavras]:

– Sísifo levava a sua vida enganando a todos com sua esperteza e maldade. Contrariando os deuses, foi condenado pelo resto da sua vida a carregar com as suas mãos, uma grande pedra até chegar ao topo de uma montanha. Mas sempre que estava chegando à parte mais alta dessa montanha, a pedra rolava para baixo. Foi assim que passou o resto da sua vida [Detalhe, a pedra era sempre a mesma].

Neste novo ano que se inicia, nós precisamos conhecer as pedras que estamos carregando até agora, com os nossos “jeitos de ser”, de “agir”, e de “pensar”. Precisamos conhecer as causas dessas repetições e, principalmente, como podemos evitar que continuem acontecendo.

Termino este nosso encontro, com este ensinamento de Rossandro Klinjey, que encontrei no livro “As Quatro Estações da Alma – Da Angustia à Esperança”, escrito em conjunto com Mario Sergio Cortella, publicação da Editora Papirus 7 Mares, que recomendo como leitura obrigatória:

A vida é uma tapeçaria rica e complexa de escolhas e caminhos. E como peregrinos nessa jornada, devemos caminhar com coragem, compaixão e consciência, colhendo as lições e a beleza ao longo do caminho, e reconhecendo a magnificência do ciclo eterno da existência.

Pensem nisso.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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