(115) Sentindo a transcendência interior dos nossos “sentimentos de espiritualidade”.

Iniciei a mensagem “Sentindo o encontro interior, com a nossa “missão existencial”, afirmando que “todos nós temos uma “missão” com finalidade “existencial” e “espiritual” bem definidas. O que precisamos é “sentir” os indicativos interiores e subjetivos dessa “missão”. Pessoalmente, considero que a vida deve ter um significado transcendente, assim como o fluir da nossa “missão” necessita de um consciente “propósito existencial” de necessidades de melhorias, em todos os sentidos.

Certo é que nós somos responsáveis pela nossa natureza mental e emocional. Nós somos o que sentimos. Mas essa responsabilidade também precisa estar em harmonia interior com a natureza. Para o budismo, a plenitude dessa nossa “interação existencial” é explicada pela “interdependência” de tudo que existe no Universo. Todos os estímulos que recebemos do “mundo exterior” são, dentro de nós, “imagens” elaboradas com as matizes da “essência transcendente” da nossa “Sensibilidade da Alma”. Pertencem a nós, de acordo com a “modelagem sensória” do nosso “sentir interior”.

Acredito que essa “interdependência” inspirou esta “sabedoria interior”, recomenda pelo líder do budismo tibetano, Dalai Lama:

– Se você quer transformar o mundo, experimente primeiro promover o seu aperfeiçoamento pessoal e realizar inovações no seu próprio interior.

Neste espaço virtual, indiquei no meu perfil a “espiritualidade” como sendo um dos temas do meu interesse. O que motivou esta mensagem foi este entendimento do filósofo e escritor Mario Sergio Cortella:

– Espiritualidade é a recusa a que a vida se esgote na materialidade, numa existência que tem sentido em si mesma. Nesta direção, a ideia de espiritualidade está conectada à noção de transcendência.

Há muito estou convencido de que todos nós temos a “essência transcendente” dos nossos “sentimentos de espiritualidade”, independente das crenças que seguimos. Nós somos “seres transcendentes”, com potencial interior de “espiritualidade”. O despertar da nossa “espiritualidade” dependerá, apenas, do oferecimento de condições para a “expansão” dos nossos interiores “estados de consciência”, o que será possível de ser alcançado pela prática do “voltar-se para si mesmo” (que é o início do caminho de budh).

Gosto deste ensinamento de Mabel Collins, publicado no seu livro “Luz no Caminho”, considerado um clássico da antiga filosofia oriental:

– Ouvir a voz do silêncio é compreender que do interior surge a única verdadeira orientação.

O professor de filosofia Albert Newen, e a pesquisadora Alexandra Zinck (ambos da Universidade Ruhr, em Bochum) explicam que os sentimentos influem em nossos pensamentos e ações (Fone: “O Jogo das Emoções”, Biblioteca Mente Cérebro, n. 5, publicação dedicada ao tema “O desafio das emoções”, lançada no Brasil pela Editora Duetto):

– (…) as emoções estão intimamente ligadas aos processos cognitivos – elas são essenciais para a capacidade de aprendizagem implícita e inconsciente, assim como para as decisões sensatas. Em outras palavras: nossos sentimentos definem em grande parte, que somos e o que fazemos.

Termino esta mensagem, com a certeza de que o início da nossa jornada de “elevação interior”, será encontrado na quietude do despertar da essência transcendente dos nossos “sentimentos de espiritualidade”.

Notas:

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3.Sugestão de leitura: “O Livro das Emoções”, de Bel Cesar, Editora Gaia.
4. Video Youtube “Quietude – Eckhart Tolle”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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