(454) Sentindo os benefícios da meditação.

Meditar, em filosofia, é encaminharmo-nos do conhecido para o desconhecido, e aqui defrontar o real.

São palavras do filósofo e escritor francês Paul Valéry (1875-1945). A “meditação” é uma importante prática de interiorização, razão pela qual sempre estou recomendado nesta nossa caminhada para o “autoconhecimento” um nosso “voltar-se para si mesmo”. Para este nosso encontro trago estas considerações de Keitiline Viacava, que possui pós-doutorado em Neurociência Cognitiva pela Universidade de Georgetown, em Washington, DC, e também é doutora em Psicologia pela UFRGS, reproduzidas do seu artigo “Para treinar mente, medite”, publicado na Edição 143 da Revista Humanitas, da Editora Escala (numerei e resumi):

1. A meditação, como muitos exercícios considerados místicos, merecem uma análise sob o olhar rigoroso da ciência. Seguindo uma visão cognitivista de mundo e de pessoas, tendo a considerar a meditação mais pelo lado do treino mental, e menos pelo lado espiritual.

2. Sabe-se que o treino da mente pela meditação pode impactar positivamente respostas emocionais e cognitivo-comportamentais nas pessoas.

3. Ela é útil porque pode aumentar o foco e reduzir a reatividade a situações negativas e, assim, também acaba contribuindo para a produtividade e criatividade na vida pessoal e profissional.

4. Em um estudo canadense, Diana Koszyckia e alguns de seus colegas da Universidade de Ottwa compararam os efeitos da meditação aos efeitos da terapia cognitivo-comportamental em 53 pacientes diagnosticados com transtorno ansioso social. Os resultados mostraram que, apesar de os dois grupos terem obtido melhora nos sintomas, o que foi submetido à terapia apresentou escores mais baixos em medidas de ansiedade social, se comparado ao grupo exposto ao treino da meditação. Uma explicação para esses resultados talvez seja a influência positiva das técnicas de indução da respiração adotadas na meditação sobre os processos de autorregulação da emoção.

5. A meditação também pode aprimorar a performance cognitiva global. Por exemplo, ela tem impacto positivo no desempenho da memória de trabalho, no processamento visuespacial e nas funções executivas como um todo, incluindo a tomada de decisão, a redução de problemas e a manutenção na atenção concentrada.

Pensem nesses benefícios.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

error: Content is protected !!
Copy Protected by Chetan's WP-Copyprotect.