(363) Sentindo em nossas buscas de “autoconhecimento”, a importância do “inconsciente”. (Parte II)

O INCONSCIENTE É A VERDADEIRA REALIDADE PSÍQUICA.

São palavras de Sigmund Freud (1856-1939). Uma importante e significativa síntese elaborada pela sua genialidade. Também muito importante para a sua época, porque já havia o interesse de outros pensadores que preconizavam a existência de um “mundo inconscosciente”, maior que o da nossa consciente percepção de realidade racional. É quando surgia o “embrião histórico” da Psicanálise, que vai consolidar como sendo o seu principal fundamento, o reconhecimento de serem, em sua maioria, inconscientes os nossos processos psíquicos. O que mais admiro em Freud, foi ele ter formulado toda a sua teorização sobre a “psique humana”. Mas para muitos, repetidas vezes ele dizia: “Poetas e filósofos descobriram o inconsciente antes de mim; o que eu descobri foi o método científico para estudá-lo.”

Começo este nosso encontro, com as seguintes explicações de Fabricio Ribeiro, que possui graduação em Psicologia e Pós-graduação em Psicanálise, e de Paulo Miguel Velasco, psicanalista clínico e professor de psicanálise, reproduzidas do artigo “Do consciente ao inconsciente, de Ricardo Piccinato, publicado na Revista Ler&Saber, da Editora alto astral, em edição dedicada a Freud:

1. O consciente é um lugar mais acessível ao sujeito, onde não é necessário fazer esforço para lembrar ou encadear um pensamento. Contém conteúdos facilmente acessados pela pessoa, quando falamos, sem grande esforço.

2. Mas nosso consciente nem sempre está no comando de nossas ações e emoções. Freud explicou que a consciência faz parte de apenas uma pequena parcela de nossa vida psíquica. Para exemplificar melhor, usou a metáfora envolvendo um iceberg, estabelecendo que o sistema psíquico estaria dividido entre três partes. O consciente é a parte que vemos despontar da água. Então, Freud apresentou outros dois termos: o subconsciente (a parte logo abaixo da superfície) e o inconsciente (que está nas profundezas do oceano e que não conseguimos ver).

3. O pré-consciente são elementos que precisamos de um pouco mais esforço para fazê-los representar a consciência. É como se fosse uma caixa repleta de recordações que, se você puxar da sua memória, vai se lembrar dos momentos em que aconteceram, com quem você esteve, e por aí vai.

Sobre o “pré-consciente, exemplifica Paulo Miguel Velasco:

4. “Incluem lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde moramos, nossos alimentos prediletos, o cheiro de certos perfumes, algumas datas comemorativas, além de uma quantidade enorme de outras experiências passadas anteriormente.”

Complementa Ricardo Piccinato:

Se o pré-consciente é uma região que contém dados que podem ser acessados a qualquer momento, então as profundezas da mente seriam ocupadas pelo inconsciente. Nessa instância, estão conteúdos que sua consciência não consegue acessar. Parece um lugar bem misterioso e obscuro, certo? Mas é uma parte bem importante do funcionamento de nossa mente, segundo Freud.

Espero você no nosso próximo encontro.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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