Comecei a ler “A jornada de ser humano”, que é o quinto livro de OSHO da série “Questões Essenciais”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil. Nele, OSHO aborda a questão do potencial do ser humano, sendo a introdução iniciada com esta explicação:
– O homem nasce com uma potencialidade desconhecida, misteriosa. Sua face original não está disponível quando ele vem ao mundo. Ele tem de encontrá-la. Ela vai ser uma descoberta, e aí está sua beleza. E essa é a diferença entre um ser e uma coisa. Uma coisa não tem potencial, ela é o que é. Uma mesa é uma mesa, uma cadeira é uma cadeira. A cadeira não vai se tornar qualquer outra coisa, ela não tem potencialidade; só tem atualidade. Não é uma semente de algo. O homem não é uma coisa.
Por sua vez, no primeiro capítulo com o mesmo título do livro, OSHO esclarece:
– Ser humano é a jornada, o caminho. O caminho não pode ser permanente, não pode se tornar eterno. Do contrário ele seria muito cansativo. O objetivo nunca será alcançado, e você ficará apenas na jornada, na jornada, na jornada.
Ter esperança é ser humano. Mas ter esperança significa esperar ir além. (…) Ter esperança significa esperar, superar, transcender.
A primeira observação relevante que faço, refere-se ao título do livro: – “A jornada de ser humano” – (e não, a jornada do ser humano), porque são duas jornadas diferentes, por caminhos distintos. Aliás, a do título do livro equivale à nossa “caminhada” de interiorização, neste espaço virtual (voltada para o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”). É a caminhada do “processo de individuação” de Carl Jung que, pelo fluir da vida, explica a possibilidade de alcance do nosso estado existencial de “tornar-se si mesmo” (tornar-se, o que realmente somos). É a “jornada” de “essência interior”, para o nosso “transcender” (semelhante à “jornada” de “iluminação” de Buda).
Certo é que em toda jornada de “transcendência interior”, teremos condições de conseguir “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”; teremos condições de ressignificar o nosso “viver” por meio de uma sintonia de “harmonização sensória” com as “potencialidades” do nosso “EU” interior. Na plenitude desse novo estado de “transformação interior”, a nossa “imagem existencial” será espelhada por matizes de subjetividade, como aconteceu nesta história contada no prólogo do livro, por OSHO:
Perguntaram a um monge Zen:
“O que você costumava fazer antes de se tornar iluminado?”
Ele respondeu:
“Eu costumava cortar madeira e carregar água do poço.”
E então lhe perguntaram:
“O que você faz agora que se tornou iluminado?”
E ele respondeu:
“Eu corto madeira e carrego água do poço.”
O questionador ficou confuso e disse:
“Então, parece não haver diferença.”
O mestre disse:
“A diferença está em mim. A diferença não está em meus atos, a diferença está em mim – mas porque eu mudei, todos os meus atos mudaram. (…) Para mim, a vida agora é uma libertação, é o nirvana.”
Essa história prova que sentindo a essência das nossas potencialidades, ficamos conscientes da nossa interior “transformação existencial”.
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3.Vídeo do youtube: – “Pessoas são como elos”.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.