(242) Sentindo com o “tempo da espera”, o que aprendemos com o “AMOR”.

“A CAMINHADA FAZ MAIS SENTIDO QUE O DESTINO FINAL”
São palavras de Paula Santana. Ela é a Diretora de Conteúdo da Revista GPS LIFETIME, primorosa publicação da GPS/BRASÍLIA EDITORA LTDA. Foram por mim garimpadas deste contexto inicial do Editorial “O PROCESSO DA LEVEZA”, da edição n. 20, ano 7:

– Contam os sábios que tudo na vida é processual. Há o momento correto para que cada coisa aconteça. O tempo da espera. Enquanto isso, percebemos que a caminhada faz mais sentido que o destino final. A jornada é que é a graça da vida. Vai, caminha, segue. A chegada é o que menos importa. Porque a vida está no agora. Melhor ainda é quando o presente alcança o futuro.

Que belo despertar interior da “Sensibilidade da Alma” de Paula Santana!

Com esta mensagem, quero perpetuar esse “sentir” de Paula Santana neste meu”agora”, por ser o mais significativo do meu “existir” de buscas de melhorias e de evolução espiritual nesta dimensão de vida: o dia do meu aniversário.

Concordo com os sábios, quando ensinam que em nossas vidas tudo é “processual” e, portanto, “mutável” apesar da ilusória passagem do “tempo”. Mas não me preocupo com a chegada no meu “destino final”. Nele, vou contemplar horizontes de infinitos “renasceres”, porque acredito na transcendente imortalidade da “ALMA”.

Nesta nossa jornada para o “autoconhecimento”, enriqueço esta mensagem com esta sabedoria da “Sensibilidade da Alma” de Mario Rosa, que encontrei no seu artigo “HOMEM: CUIDADO, FRÁGIL”, publicado na mesma edição da referida revista:

– O AMOR FAZ SABER QUE PRECISAMOS SABER ALGO QUE NÃO SABEMOS.
As vidas são escolhas. Feitas mais pela vida do que por nós. Escolhemos a cor da camisa, o dia do casamento, mas não escolhemos quem iremos encontrar com aquela camisa e iremos nos casar. E, assim, vamos escolhendo e sendo escolhidos. Até que o tempo passa e esse acervo de escolhas voluntárias e involuntárias ganha outro nome: vida. Vida vivida. E chega um tempo em que olhamos para trás e fazemos um balanço de tudo que nos escolheu e de tudo que não escolhemos. Eh hora então de se perguntar: ainda eh possível escolher o que não foi escolhido? Ou se deve fazer a escolha de aceitar a vida como foi e vivê-la sem retrovisores?
Cada amor eh uma flecha lançada e sem volta. Mas o arqueiro se pergunta se deve agora mirar novos alvos ou assumir a maestria do seu próprio modo de manejar seu arco. O amor quase nunca vem como resposta. Costuma surgir como perguntas e, por isso, nos faz estremecer. Porque as respostas só valem para o que se foi. Para o que se está vivendo, há as perguntas, as perguntas, novas, que nós fazemos pela primeira vez e, ao fazermos, deixamos de ser o campo tranquilo das respostas que já conhecemos e nos tornamos o abalo sísmico do não saber.
Eu já soube tanto sobre tudo e hoje sei apenas que não sei. E essa autoignorância eh a única certeza de que o amor anda ao meu redor. Eh o amor que nos faz saber que ainda precisamos saber algo que não sabemos. O quê? Não sei. Só vivendo o amor para alcançar essa resposta. E se alcançarmos, quando alcançarmos, o amor terá sido vivido e sobrará dele a resposta que não conseguimos imaginar. E que parecerá tão simples no fim de tudo. Como todas as respostas, como todos ex-amores.
O homem frágil está numa encruzilhada. E, todos os caminhos são escolhas, todos os caminhos são incógnitas.
Para onde seguir significa que caminhos não tomar. Ele deve seguir seu rumo ou deve arriscar novas direções? Mas seu rumo já não eh o conhecido? Não chegou a vez de mudar a trajetória? Ou o seu rumo eh mesmo o seu caminho e mudar eh se perder de si? Ou mudar eh finalmente encontrar-se? Então por que não? O que o prende a que e o que será o que o liberta? Ele foi sempre livre ou prisioneiro? Onde estará a resposta? No amor, ele pressente. Mas por que via?

Concordo com Paula Santana, independente dos nossos caminhos escolhidos:

– HÁ O MOMENTO CORRETO PARA QUE CADA COISA ACONTEÇA.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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