(111) Sentindo a “sexualidade humana”, com a “Sensibilidade da Alma”.

O psicanalista francês Eric Smadja é considerado referência pelos seus estudos sobre os relacionamentos entre casais. Para ele, “não podemos compreender um casal simplesmente contando uma história. Os aspectos afetivos e sexuais devem sempre ser inseridos e confrontados com fatores culturais, históricos e psíquicos”. Reforça esse seu entendimento, sustentando que é a “interdependência das instâncias biológicas, psíquica, histórica e sociocultural que define a realidade humana”. Sobre as expectativas relacionadas ao sexo, explica (Fonte: Entrevista publicada na edição n. 72, Ano VI, da Revista Psique, lançada no Brasil pela Editora Escala):

– Procuramos sempre um suporte de identidade no casamento. O sexo serve para manter um lugar amoroso e para manter um casal simbolicamente. A sexualidade do casal é um lugar onde a mulher reforça sua feminilidade e o homem sua masculinidade, sendo que é o homem que revela a feminilidade da mulher e a mulher que reforça e revela a masculinidade do homem.

Para o enfoque de “subjetividade” da proposta deste espaço virtual, entendo que o simbolismo existencial da “sexualidade humana” está diretamente ligado às manifestações íntimas da nossa “sensibilidade interior”. Nessa vinculação corpórea de entrega mútua, o prazer sexual deverá ser dimensionado e enriquecido pela troca recíproca de afeto, carinho, atenção e, principalmente, de respeito. Refiro-me principalmente à necessidade do mútuo respeito do “querer” e do “não querer”.

Certo é que a singularidade do ser humano é o seu “sentir interior”, subjetivamente moldado e revelado pela sua “Sensibilidade da Alma”. O ser humano precisa conhecer os seus “sentimentos” e “emoções”. Precisa conhecer o “mosaico sensório” da sua “interioridade existencial”.

Vejam como em 1975, a Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu a “sexualidade”:

– A sexualidade humana forma parte integral da personalidade de cada um. É uma necessidade básica e um aspecto do ser humano que não pode ser separado de outros aspectos da vida. A sexualidade não é sinônimo de coito e não se limita à presença ou não de orgasmo. Sexualidade é muito mais do que isso. É energia que motiva encontrar o amor, contato e intimidade, e se expressa na forma de sentir, nos movimentos das pessoas e como estas tocam e são tocadas. A sexualidade influencia pensamentos, sentimentos, ações e integrações, portanto a saúde física e mental. Se saúde é um direito humano fundamental, a saúde sexual também deve ser considerada como direito humano básico. A saúde sexual é a integração dos aspectos sociais, somáticos, intelectuais e emocionais de maneira tal que influenciem positivamente a personalidade, a capacidade de comunicação com outras pessoas e o amor.

A “essência” da sexualidade humana é o AMOR, consolidado com necessidades de “integração plena” de todas as naturezas, e em todos os sentidos.

Termino esta mensagem afirmando que a “sexualidade humana” não tem idade. É crescente transformação do nosso “sentir interior”, assim explicada pelo filósofo Sócrates: – Na velhice o prazer do sexo é substituído pelo prazer da ternura, compreensão, companheirismo, é onde as duas pessoas realmente vivem uma sexualidade plena e responsável.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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