(370) Sentindo a importância de significar o que é essencial para você.

“Buscar o essencial é uma orientação perfeita. Mas o essencial pode ser compreendido de forma muito ampla. O essencial pode incluir seus filhos, uma ideia, tocar violão, os Chicago Bears [time de futebol americano].”

“O essencial pode ser qualquer coisa que você queira que seja. É aquilo que é mais importante para você. É o que você procura para ter proteção. E isso é óbvio. Se alguém quiser extorquir você, eles não precisam ameaçar você. Eles precisam apenas ameaçar aquilo que você ama.”

São palavras do filósofo estadunidense Daniel Clement Dennett (1942-2024), em vida mais conhecido por Dan Dennett [ou apenas Dennett], que se dedicou à Filosofia da Mente e à Biologia. No seu último livro, com o título I´ve been thinkig… (tradução: Eu estava pensando…), ele relata suas peregrinações intelectuais e muitas conversas com vários filósofos que o influenciaram.

Comenta João de Fernandez Teixeira [na sua coluna publicada na edição 174 da Revista humanitas, da Editora Escala]:

Dennett é um pensador muito criticado, menos pelas suas posições filosóficas do que por ser confundido com um ícone da pax americana. E por ser filho de um adido cultural americano em Beirute, onde, aliás, Dan passou sua infância. (…) Discordo até hoje de Dan sobre a questão dos ‘qualia’, ou seja, dos estados intrinsecamente subjetivos. Ele acha que eles simplesmente não existem, Mas isso me parece contraintutivo. Duas pessoas podem provar o mesmo bolo. Uma pode achá-lo delicioso. A outra, simplesmente horrível. Como explicar tanta diferença? Dez anos depois de ter estagiado na Tufts University, lar acadêmico de Dennett por mais de 50 anos, resolvi escrever um livro sobre sua filosofia da mente (A mente segundo Denett, Editor Perspectiva). A contracapa, escrita gentilmente por Dan, deixa clara nossas divergências, algumas, básicas. Até hoje tenho dúvidas se é possível mecanizar a consciência.

Como acredito, “voltar-se para si mesmo” para conhecer o que subjetivamente é “essencial” para o nosso crescimento existencial em todos os sentidos, é preciosa prática de interiorização para o nosso “viver.” Por isso, precisamos aprender “significar” todos os nossos anseios de vida. Vejam estes exemplos: Clarice Lispector, “Na exigência de vida tudo é lícito, mesmo o artificial, e o artificial é às vezes o grande sacrifício que se faz para se ter o essencial.”, Fico às vezes reduzida ao essencial, quer dizer, só meu coração bate.”; Antoine de Saint-Exupéry,“Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos.”, Quem ama vê além da aparência física e é isto que ama: a essência.”; Voltaire, “O essencial é estar bem consigo mesmo.”; Machado de Assis, “Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.”, “O essencial não é fazer muita coisa no menor prazo; é fazer muita coisa aprazível ou útil.” Carlos Drummond de Andrade, “Clara manhã, obrigado. O essencial é viver.”, Picasso, “Pintar é libertar-se, e isso é o essencial.”; Mário de Andrade“O essencial faz a vida valer a pena.”;
Dalai Lama, “Se queremos o desenvolvimento espiritual, a prática da paciência é essencial.”; Schopenhauer, “O que temos dentro de nós é o essencial para a felicidade humana.”; Erich Fromm, “Ter esperanças é uma condição essencial de ser humano.”; Mário Quintana, “A resposta certa, não importa nada: o essencial é que as perguntas estejam certas.”; Mário Sérgio Cortella, “Chegar ao topo e ser reconhecido é agradável, mas a questão é o que se teve de deixar de lado para chegar lá, incluindo a diversidade de vida e, mais, o essencial à vida. Se a pessoa abandona o essencial, ela perde a identidade.”; Diana, Princesa de Gales, “Nada me dá mais alegria do que tentar ajudar as pessoas mais vulneráveis na sociedade. É meu objetivo e parte essencial da minha vida — um tipo de destino. Quem quer que esteja em aflição pode me procurar. Irei correndo para onde estiverem”, Albert Einstein, “A tarefa essencial do professor é despertar a alegria de trabalhar e de conhecer.”

Pensem nisso, para “descobrir” e “significar” tudo que seja “essencial” para você.

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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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