“Inteligência é a capacidade de se adaptar à mudança.”
São palavras do doutor em cosmologia, Stephen William Hawking (1942-2018), considerado um gênio. Totalmente limitado em uma cadeira de rodas, dedicou-se ao estudo do Universo. Ele foi um dos exemplos de inteligência que, nesta dimensão de vida, consagrou a sua missão – a de transmitir seus conhecimentos, que foram considerados muito avançados para a sua época.
Dentre muitos outros, também merece ser lembrado o Filósofo Immanuel Kant (1724-1804). Em Sobre a pedagogia (Über Paedagogie, 1776-1777), sugeriu esta interessante pesquisa [Tradução de Francisco Cock Fontanella, Piracicaba, São Paulo, ano 2006, Editora UNIMEP, p. 15]:
– “Para convencer-se de que os pássaros não cantam por instinto, mas aprendem a cantar, vale a pena fazer a prova:
Tire dos canários a metade dos ovos e os substitua por ovos de pardais; ou também misture aos canarinhos filhotes de pardais bem novinhos. Coloque-os num cômodo onde não possam ouvir os pardais de fora; eles aprenderão dos canários o canto e assim teremos pardais cantores. É estupendo o fato de que toda espécie de pássaros conserva em todas as gerações um certo canto principal; assim, a tradição do canto é a mais fiel do mundo.”
Encontrei esse interessante registro, no artigo “Inteligência Real”, de Martin Cezar Feijó, graduado em História pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas de São Paulo (FFLCH-USP), que foi publicado na Edição 169 da Revista humanitas, da Editora Escala, com estas suas considerações [por mim reduzidas por limitação de espaço]:
– “Na relação entre condições genéticas e papel do ambiente no desenvolvimento da inteligência, Howard Gardner comenta e analisa os estudos da neurociência com o canto dos pássaros, de certa forma demonstrando os resultados de pesquisas como a que havia sido proposta por Kant no final do século 18. De um lado, a confirmação de que a origem do canto nos pássaros realmente, o que não é novo, difere de uma espécie para outra. Mas, em vários casos, o canto da espécie é fruto de uma herança inata do pássaro, pois há espécies que, sem ter contato algum com outros da mesma espécie, depois de um tempo, ou mesmo no caso de surdez desde o nascimento, entoará o canto tal qual os que viveram entre os iguais.
É preciso que a pesquisa esclareça a relação da capacidade cognitiva, seja de pássaros, chimpanzés ou humanos, com o funcionamento do cérebro, com o ambiente e a herança genética. Assim como é preciso muito cuidado, o que a ciência já faz, entre comparações de espécies muito distintas.
Termino, pedindo sua atenção para este entendimento do jurista Clóvis Bevilácqua (1859-1944):
“A INTELIGÊNCIA IRMANADA COM A FORÇA DE VONTADE E COM A ESPERANÇA PRODUZ A IDEIA.”
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.