“TUDO O QUE VOCÊ PODE IMAGINAR É REAL”
São palavras do gênio da pintura, Pablo Picasso (1881-1973). Como estudioso da História da Arte em todas as suas formas de expressão, considero Picasso “eterno”, “imortal”. A sua inspiração, em todas as fases das suas criações, continuará sempre sendo transmitida pela magia da intemporalidade do ‘BELO” em nossas vidas. E ele tinha consciência disso, quando manifestou este seu “sentir”: “Para mim não existe passado nem futuro na arte. Se uma obra de arte não vive sempre no presente, está fora de questão. A arte dos gregos, dos egípcios e dos grandes pintores , que viveram noutras épocas, não é uma arte do passado; talvez esteja hoje mais viva do que nunca. A arte não se desenvolveu a partir de si própria, mas as ideias dos homens mudam, e com elas a sua forma de expressão.”
Nesta jornada para o “autoconhecimento” (com sua proposta de criação definida na mensagem 001), uma boa parte da essência do enfoque desta mensagem já é conhecida dos meus seguidores. Em março de 2018 desenvolvi algumas considerações sobre as percepções subjetivas das nossas realidades “existenciais” e “imaginárias”, iniciando com este “sentir” de Rousseau (1712-1778), um dos principais filósofos do iluminismo (mensagem 246):
– O MUNDO DA REALIDADE TEM SEUS LIMITES, O MUNDO DA IMAGINAÇÃO NÃO TEM FRONTEIRAS.
Motivado pelos sentimentos e emoções de Picasso, pergunto:
– COMO VOCÊ ESTÁ SE SENTINDO NESTA PANDEMIA? VOCÊ ESTÁ PRESTANDO ATENÇÃO NOS SIGNIFICADOS DAS SUAS PERCEPÇÕES SENSORIAIS? SERÁ MESMO QUE SÃO REAIS AS PROJEÇÕES RECEBIDAS DO NOSSO IMAGINÁRIO? COM ESTA PANDEMIA, VOCÊ ESTÁ MUDANDO A SUA MANEIRA DE SENTIR-SE E DE SE EXPRESSAR?
No meu artigo sobre “A Percepção da Arte” (publicado no Brasil em 1999, na Edição Primavera, n. 30, da Revista “VENTURA”), desenvolvi considerações sobre Filosofia e história da arte, com ênfase para a compreensão do mecanismo psíquico estimulado pela visão do “BELO”. Vejam, que interessante: Platão e Aristóteles, preconizavam a beleza como sendo uma “virtude moral”. Kant, defendia que um objeto era “BELO” quando satisfazia um “desejo desinteressado”. Para ele, os fundamentos da resposta do indivíduo à beleza existiam em sua “estrutura de pensamento”. Mas no final do século XIX outros filósofos alemães, como Friedrich Hegel, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, rompendo essa linha de evolução sobre o “entendimento do belo”, sustentavam que a arte é a “realização plena da vida”, podendo qualquer experiência gerar algo belo. Com a nova realidade do início do século XX, surgiu o movimento abstracionista provocando profundas mudanças de estilo na arte. Foi quando Paul Klee passou a conceber uma nova realidade artística, totalmente diferente da observação na natureza, e dedicou toda a sua carreira à busca do ponto de encontro entre a “realidade e o espírito”.
Certo é que pelo fluir do nosso “existir”, todos os momentos são únicos, assim como também são as realidades. Perceber é “sentir” as “representações sensoriais” dessas realidades. (interiores e exteriores, objetivas e subjetivas). Em síntese: Perceber e “reconstruir” (está provado por estudos neurofisiológicos dos processos neuronais de percepção).
Termino esta mensagem, com este “sentir” do neurocientista António Damásio:
OS NOSSOS SENTIMENTOS DIZEM O QUE PRECISAMOS SABER.
Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.A citação sobre a temporalidade da arte, foi reproduzida da obra “PICASSO”, de Ingo F. Walther, lançada do Brasil pela Editora TASCHEN, que recomendo a leitura para todos os amantes da “ARTE”.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
Muita paz e harmonia espiritual.