“AS VISÕES SERÃO SEMPRE MAIORES DO QUE A REALIDADE CONCRETA, MAS É POR ISSO MESMO QUE O REINO HUMANO EXISTE, PARA QUE EMPREENDA TODO ESFORÇO NECESSÁRIO DE FAZER CABER AS VISÕES ILIMITADAS NUMA REALIDADE LIMITADA”
São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, que mais uma vez enriquece a nossa jornada para o “autoconhecimento” (mensagens anteriores: 097, 122, 149, 152, 153, 154, 184, 196, 212, 248, 251, 253, 254, 255, 257, 266 e 267). Iniciado na escola de Yoga Suddha Dharma Mandalam, com formação superior Psicologia pela PUC-SP, ele considera ser o despertar da nossa “consciência de espiritualidade” a maior experiência de transcendência do ser humano.
Esclareço que sou seguidor de Quiroga, porque aprecio a instigante subjetividade do seu modo de transmitir as percepções sensoriais das suas previsões. Como exemplo, veja como recebi as palavras que selecionei para iniciar esta mensagem:
– Ele deve estar se referindo ao alcance das sensórias “visões” do nosso imaginário; às “visões” subjetivas das nossas “percepções interiores”; da nossa “intuição” e, principalmente, a do alcance ilimitado da nossa “expansão de consciência”. Com outras palavras: à “visão” iluminada do “caminho do despertar” da nossa transcendência “existencial” e “espiritual” (em mim sentida, como sentimento superior de “Divindade” no meu coração). Aliás, como acredito, talvez seja esse mesmo sentimento que mais se aproxima do significado da raiz da palavra “buddhi” (sem tradução em inglês), mas que para os orientais é entendida como sendo um iluminado “despertar de si mesmo”; como também sendo a “visão” de interconexão do sutra “Tat Tvam Asi” que se manifesta pelo “vejo o outro em mim e eu nos outros”. Quiroga também deve estar fazendo referência à visão da nossa “Sensibilidade da Alma” que, para Deepak Chopra, tem o poder de naturalmente criar, por intuição, as realidades imaginárias que podemos estar precisando. A respeito, explica a doutora Daniela Benzecry com sínteses esmeradas de clareza de estilo:
1. [Os nossos] valores transcendentes e a relação com eles são necessários para se encontrar valor na vida, para dar-se valor à própria vida.
2. Queiramos ou não, valores que transcendem a matéria existem potencialmente e são importantes para dar-se significado à vida, uma necessidade humana. Como lembra Zoja (1992), nascer não basta ao ser humano, pois ele anseia por dar valor à sua existência e precisa tornar a sua vida significativa e singular.
3. Não basta existir, precisa-se dar significado à existência e, para isso, faz-se necessário estar em relação com valores transcendentes.
4. A busca por dar significado à existência individual é uma questão espiritual e dela não escapamos: “O homem é um ser condenado a buscar sentido, a captar que há algo que lhe transcende – isto é, a dimensão espiritual”, lembra-nos Monteiro (2006:15).
Nota: Sobre o enfoque dos itens 3 e 4, sugiro a leitura da mensagem 258.
Por sua vez, como considero serem de “percepções intuitivas” as origens das previsões astrológicas de Quiroga, peço sua atenção para esta interessante explicação do doutor Carlos São Paulo, que é médico e psicoterapeuta junguiano:
– Jung chamou de funções psíquicas irracionais aquelas que nos fazem perceber o mundo além da lógica e da razão. Há dois grandes grupos nessa categoria: sensação e intuição. O primeiro atende bem à “organização vertical” e percebe o mundo por meio dos cinco sentidos. É uma sensação determinada sobretudo pelo objeto. Para os que estão nesse grupo, “nada existe além do concreto e do real; considerações sobre ou além disso são aceitas apenas enquanto fortalecem a sensação”.
Os intuitivos absorvem os fenômenos que presenciam de forma subliminar à consciência e só vai perceber que está se orientando de modo acertado, sem ter consciência das etapas, quando finalmente tem seu momento de intuição. Por ter a função sensação subliminar à consciência eles sentem a tarefa desagradável por estarem focando no resultado final e sofrem com isso. O intuitivo é um tipo de sujeito que se mantém na expectativa do que virá. A possibilidade é o que o alimenta e o seu combustível é imaginar o que se lhe oculta. Por isso tal tipo não suporta a rotina. O simbolismo é o que prevalece, e não a observação.
O que motivou esta mensagem, foi a subjetividade do “sentir” de Quiroga sobre a nossa “experiência de viva”:
– Chegaste até aqui e agora como resultado dos passos que deste, de tuas escolhas, do alcance de tua percepção. Há uma parte desse caminho, que é um labirinto, que foi escrito para ti, é o resultado do legado que a civilização imprimiu em ti através da educação e da estrutura moral do ambiente familiar em que tua alma e corpo foram criados. Apesar de ter sido escrito para ti, tu escolheste, mesmo sem o saber, o que fazer com isso. E sabes o que te deu esse poder de escolha? Acontece que esse histórico que parece te determinar a que sejas assim ou assado é, na verdade, apenas um incidente na construção de tua experiência de vida. Teu poder de escolha é determinado pelo diálogo que tua consciência desenvolve com o futuro através daquilo que se chama sonhar.
Como estou cada vez mais convencido de que precisamos satisfazer as nossas necessidades de completudes (inclusive as de natureza “espiritual”), termino esta mensagem com este expressivo “sentir” da escritora Lya Luft, para quem dediquei esta nossa jornada para o “autoconhecimento” (mensagem 001):
ESTA EXPERIÊNCIA, ESTA VIDA É A NOSSA ÚNICA CHANCE DE SERMOS NÓS MESMO.
Notas:
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2.A citação do doutor Carlos São Paulo foi reproduzida da Revista PSIQUE, Ano IX, n. 112, da Editora Escala. As da doutora Daniela Benzecry, do seu livro “Sentimentos, valores e espiritualidade, lançado no Brasil pela Editora VOZES. As do astrólogo Oscar Quiroga, do seu horóscopo publicado em no dia 13 deste mês, da Revista “Divirta-se Mais”, do jornal Correio Braziliense.
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Muita paz e harmonia espiritual.