A cada “agora” do meu existir, aumenta o meu “sentir interior” de que todos nós temos, nesta dimensão de vida, uma missão “existencial” e “espiritual”. O que precisamos é conhecer as nossas potencialidades e criar um propósito de crescimento para o nosso “viver”. Essa missão é descoberta quando favorecemos um estado de “quietude interior”, uma espécie de “mergulho em si mesmo”, uma sintonia de superior conexão de transcendência espiritual.
Com sabedoria, explica Mark Nepo, no seu livro “A Prática Infinita”, lançado no Brasil pela Editora LeYa:
– Tudo de que precisamos e tudo que sonhamos está bem aqui, diante e dentro de nós.
Por sua vez, escreveu OSHO no início da introdução do seu livro “Destino, liberdade e alma”, o primeiro da série “Questões Essenciais”, lançado no Brasil pela Editora Academia, com todos os direitos de edição reservados à Editora Planeta do Brasil:
– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre si mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.
Para este espaço virtual, entenda-se “alma” (por intuição inspiradora do nome “Sensibilidade da Alma”), como sendo a essência da nossa “interioridade sensória”. Como sendo as manifestações da “subjetividade humana”, moldadas pelo nosso “sentir interior”. O “sentir” também de origem transcendente, porque através dele mostramos a singularidade da nossa evolução “espiritual”. A fonte desse “autoconhecimento” é, para nós, revelada pelas “projeções sensórias” do nosso “sentir interior”. É revelada pelo despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”. Mas essa descoberta é “atemporal”, podendo ser explicada por este ensinamento espiritual de Eckhart Tolle, em forma de “sutra”, contido no seu livro “O poder do Silêncio”, lançado no Brasil pela Editora Sextante:
– Os que buscam uma dimensão espiritual querem a autorrealização ou a iluminação no futuro. Ser uma pessoa que está em busca significa que você precisa do futuro. Se é nisso que você acredita, isso se torna verdade para você: precisará de tempo até perceber que não precisa de tempo para ser quem você é.
Somos, nesta dimensão de vida, seres de origens transcendentes, possuidores de potencialidade interior de “elevação espiritual”. Tudo está dentro de nós, compondo o mosaico da essência da nossa “Sensibilidade da Alma”.
Pelo ciclo da nossa trajetória de vida, precisamos “despertar” a descoberta da nossa “espiritualidade interior”. Enquanto permanecer inata em nós, continuaremos “navegando” pelos “mares da vida”, ora agitados, ora em calmaria, como nesta bela poética inspiração do espanhol Juan Ramón Jiménez, laureado em 1956 com o Nobel de Literatura:
OCÉANOS
Yo sentío que el barco mio
hay encontrada, allá en el fondo
con algo grande.
Y nada sucede!
Nada…
Silencio… Olas…
Nada sucede?
O es que ha sucedido todo,
y estamos ya, tranquilos, en lo nuevo…
OCEANOS
Sinto que o meu barco
encontrou algo grande
lá no fundo.
E nada acontece!
Nada…
Silêncio… Ondas…
Nada acontece?
Ou tudo aconteceu
e estamos tranquilos no novo…
Termino esta mensagem, desejando que você seja o barqueiro, navegando pelos mares do despertar interior da sua “Sensibilidade da Alma”.
Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeo youtube: “Djavan – Oceano” (vevo).
Muita paz e harmonia espiritual para todos.