O que você entende por “sentimento”?
De acordo com a primeira “noção” vinda do nosso interior, “sentimento” é tudo que nós sentimos. Acontece que as pesquisas relacionadas com o “estudo da mente” e as descobertas da neurociência, demonstram o contrário: nem tudo o que sentimos são “sentimentos”. Por exemplo: – “sentir emoção” não é apenas manifestação de “sentimento”. A diferença entre “emoção” e “sentimento” explicada pelo neurocientista António Damásio, pode ser assim entendida: – A “emoção” vem “de fora”, ela surge das nossas vivências exteriores. O “sentimento” (invisível para o público), vem “de dentro da gente” (mensagem 073). São, portanto, as origens das nossas percepções sensórias que diferenciam a “emoção” do “sentimento”.
Para o enfoque da proposta deste espaço virtual, esclareci este meu “pensar” na mensagem 136:
– Sempre considerei serem as nossas “emoções” e “sentimentos”, percepções simbólicas da nossa “interioridade”. Transmitem as matizes do mosaico da “subjetividade humana”. Esse meu “pensar intuitivo”, certamente ajuda entender a criação deste espaço virtual. Isto porque, todos nós somos influenciados por aquilo que sentimos. Nós “somos o que sentimos” e não o que, conscientemente, desejamos ou pensamos ser. Acontece que para conhecer o que “somos”, precisamos vivenciar as nossas “emoções”, os nossos “sentimentos”, mas em sintonia de harmonização interior e de conexão plena com a nossa “subjetividade”. Esse também deve ser o sensório “caminho interior” do “fluir” que favorece, dentro de nós, o “despertar” do nosso “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”.
O que motivou esta mensagem, foram os nossos estados interiores de “angústias”.
Para muitos, essas indesejadas e incômodas “quietudes emocionais”, estão aparentemente dissociadas de qualquer nexo de causalidade. Ou seja: – Sentimos “angustia” mas sem, necessariamente, saber por qual motivo. Acontece que não é assim. Como esclarece o Psiquiatra Arthur Figer, mestrando em Psicologia Clínica pela PUC-Rio, o conceito de “angústia” vem sendo revisto e modificado ao longo do tempo. Atualmente, nos consultórios médicos e psicoterápicos, apresenta-se com certa frequência sob o rótulo de “pânico”.
Em seguida, esclarece na sua abordagem, “Angústia, entre gozo e desejo” (Fonte: Revista PSIQUE, Ano VI, n. 75, lançada no Brasil pela Editora Escala):
– Em 1926, Freud sustenta ser a “angústia” uma forma de reação psíquica e corporal a uma situação traumática. Por sua vez, Lacan construiu a distinção entre os conceitos psicanalíticos de “angústia” e “fobia”: – Na fobia se trata de medo, não de angústia. Medo, em relação a um objeto específico, passível de ser falado e trabalhado simbolicamente. A “angústia” não é causada, nem direcionada a nenhum objeto específico e, portanto, gira em torno de um vazio, de uma impossibilidade de dizer.
Para esta mensagem, “angústia” foi mais um dos temas recebidos por “intuição”. Portanto, sem uma prévia e consciente motivação de escolha.
Em nossas vidas, como acredito, para tudo existe uma razão de ser, uma finalidade por vezes desconhecida. Por essa razão, todas as mensagens são escritas com o envolvimento da prevalência do meu “sentir”.
Considero que todas as nossas “emoções” e “sentimentos” são “experiências subjetivas”, necessárias não apenas para o nosso “autoconhecimento”, para o nosso crescimento como “pessoa”, em todos os sentidos do nosso “existir” e do nosso “viver”.
Termino esta mensagem, com este “pensar” de Sigmund Freud:
– ANGÚSTIA É ALGO QUE SE SENTE.
Ora, se somos nós que “sentimos”, os nossos estados interiores de “angústia” são moldados pelas projeções sensórias da nossa “Sensibilidade da Alma”. No meu entender, o que cabe a nós é tentar descobrir as causas e os significado subjetivo das nossas “angústias”, para não se deixar ser por ela dominado.
Notas:
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3. Vídeo youtube (“Caetano Veloso, Maria Gadú – Sampa” (Vevo)).
Muita paz e harmonia espiritual para todos.