“O que reúne e atrai as pessoas não é a semelhança ou identidade de opiniões, senão a identidade de espírito, a mesma espiritualidade ou maneira de ser e entender a vida.”
São palavras do escritor francês Marcel Proust (1871-1922). Todos nós temos a essência existencial de “espiritualidade”, que nos favorece acreditar em um subjetivo estado conscientização de elevação interior nesta dimensão de vida. Sob uma subjetiva perspectiva de origem existencial, somos “seres espiritualizados”.
Com essa introdução peço a sua atenção para esta explicação de Daniela Ovadia, jornalista científica que desenvolve pesquisas no Laboratório de Neurologia do Hospital de Niguarda, em Milão, na Itália. [Transcrição resumida do artigo “O poder da oração”, publicado na Edição nº 1 da Revista Mente Cérebro, sobre o tema “Fé, o lugar da divindade no cérebro, da Editora Duetto]:
– “Desde seu nascimento a psicologia voltou-se para o comportamento religioso. Na Europa como nos Estados Unidos houve grande interesse em compreender o componente psíquico da “experiência religiosa” por meio da nova ciência. A espiritualidade, porém, não era considerada objeto de pesquisa. (…) Atualmente, caminhamos para um entendimento contextualizado do termo “espiritualidade” quando se refere – por coincidência, justaposição, sobreposição ou oposição – ao termo “religião” ou “religiosidade. (…) O pesquisador Vassillis Saroglou considera ‘traços de personalidade’ associados à espiritualidade. O perfil dos que valorizam sua manifestação moderna parece afastar-se do modelo associado à religiosidade clássica. A qualidade social e altruísta está presente, mas de forma menos intensa e sistemática que na religião tradicional; o interesse por questões ligadas à espiritualidade não representa mais a rigidez em relação às ideias e aos valores, revelando muitas vezes caráter extrovertido e voltado à novidade, à multiplicidade e à variedade de experiências; essa abertura permite a passagem fácil para crenças paranormais.”
Termino este nosso encontro, com este “sentir” de Clarice Lispector:
Estou com saudade
de mim. Ando pouco
recolhida, atendo demais
ao telefone escrevo,
depressa,
vivo depressa. Onde está
eu? Preciso fazer um
retiro espiritual e
encontrar-me enfim –
enfim, mas que medo de
mim mesma.
Pensem nesse estado de alma de Clarice.
Notas:
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3. Vídeo Youtube, música “Seu eu quiser fala com Deus”, interpretada por Gilberto Gil.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.