“A primeira condição para modificar a realidade consiste em conhecê-la.”
São palavras do escritor uruguaio, Eduardo Galeano (1940-2015), escolhidas para iniciar este nosso encontro, e perguntar para você:
– NÓS PODEMOS MUDAR AS NOSSAS REALIDADES?
Em princípio as respostas para essa pergunta são simples e objetiva. Vejam: Sim, quando temos condições e depende apenas de nós. Sim, quando encontramos esse mesmo desejo nas pessoas que, simultaneamente, estão convivendo com elas. Não, em todas as circunstâncias, quando para mudar já não depende apenas de nós mesmos.
Para o físico e pesquisador Amit Goswami, podemos porque somos nós que criamos as nossas realidades”. Complemento: Mas sempre devemos, previamente, avaliar as consequências dessas mudanças.
Sobre a “transformação da realidade externa” explica o médico clínico geral, dr. Gilberto Katayama, no seu artigo “Mudança de Padrôes” de Consciência” sobre a transformação da realidade externa, publicado na edição 112 da Revista PSIQUE, da Editora Escala:
– “Mude o seu mundo interior e perceberá mudanças significativas no mundo exterior. Observe que todo ser humano tem em si a bondade, o amor e a compaixão. E que quando as manifestamos, a realidade externa se transforma. Perceba que uma pessoa alegre e bondosa cria um ambiente onde o relacionamento que permeia é o respeito, afetividade, o cuidado e o carinho. Essa pessoa naquele instante transformou a realidade externa, criando um novo ambiente. Perceba que o que impede a expressão de quem verdadeiramente somos são nossas experiências negativas registradas na memória como uma experiência passada que é eliciada e se manifesta no momento presente como padrão limitante, impedindo a livre expressão de quem somos. Portanto, regredir e ressignificar esses padrões limitantes são parte essencial para o sucesso e a felicidade.”
O Psicoterapeuta e pisiquiatra Fritz Perls (1893-1970), um dos fundadores da Gestalt-terapia, transmitia para os pacientes que nos seus encontros, a sua tarefa tinha por objetivo prioritário fazer com que eles tivessem consciência do poder de suas percepções no sentido de avaliar e, até mesmo mudar ou não as suas realidades”.
O filósofo Sêneca (4 a.C.-65 d.C) explica com a sua percepção interior de “sabedoria”, o seu “sentir” sobre a “realidade” do nosso existir e viver: “O homem vive preocupado em viver muito e não em viver bem, quando na realidade não depende dele o viver muito, mas sim o viver bem.”
Agora prestem atenção neste “sentir” de Chico Buarque: – “Vejo a multidão fechando todos os meus caminhos, mas a realidade é que sou eu o incômodo no caminho da multidão.”
Termino este nosso encontro com esta verdade incontestável de Leornardo da Vinci (1452-1519):
“Tudo que está no plano da realidade já foi sonho um dia”
Eu acredito nisso. E você?
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.