(065) Sentindo a “transcendência humana”, com a “Sensibilidade da Alma”.

Em todas as mensagens deste espaço virtual prevalece a motivação do meu “sentir interior”, que tenho recebido por “intuição”. Neste caso, defino “intuição” como sendo uma consciente percepção de “conhecimento interior”.

Tenho pensado muito nesta explicação de Carl Jung, sobre “conhecimento intuitivo”:

– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior.

Com a criação do “Sensibilidade da Alma”, estou tendente a aceitar o seguinte:

– Se na subjetividade da nossa “realidade interior” nós temos as “matizes sensórias” de necessidades de “sabedoria” e de “conhecimentos” que precisamos (inclusive para transmitir), entendo que um dos sentidos da “vida”, nesta existência, é sugestivo de “oportunidades vivenciais” de um processo de descobertas que se harmoniza com a natureza das nossas “buscas interiores”.
É o que acontece com esta mensagem, porque fui intuído para desenvolver considerações sobre a “transcendência humana” e “estados de consciência”.

1. Com relação à “Transcendência Humana”:

Em mensagens anteriores afirmei que somos “seres transcendentes”. Somos, porque acredito que a essência da nossa “natureza existencial” é de origem transcendente. Aliás, sempre relacionei “transcendência” a um sentido de “evolução” (inclusive “espiritual”). Não sei se estou certo, mas esse fluir evolutivo de “essência existencial transcendente” deve explicar a “finitude” do ser humano, nesta existência.

2. Com relação aos nossos “estados de consciência”:

Os “estados de consciência” emergem das nossas “projeções interiores” e, também, das “representações sensórias” que recebemos do mundo exterior.

Gosto desta explicação do monge budista vietnamita Thich Nhat Hanh, no seu livro “A Essência dos Ensinamentos de Buda, lançado no Brasil pela Editora Rocco:

– Nossas visões estão fundamentadas em nossas percepções. (…) Perceber sempre significa perceber algo. Nós acreditamos que o objeto de nossa percepção é externo a nós, mas isso não é verdade. (…) Quando percebemos a lua, é a lua que é o objeto de nossa percepção. (…) A flor que contemplamos é parte da nossa consciência. (…) A origem de nossa percepção, ou nossa forma de ver, está no conteúdo de nossa consciência. Quando dez pessoas olham para uma nuvem, haverá dez percepções diferentes da mesma nuvem.

Complementa, em seguida:

– Não é possível explicar uma laranja para alguém que nunca provou uma. Podemos descrevê-la bem, mas não somos capazes de dar aos outros a experiência direta. A pessoa tem que experimentar por si mesma. Quando a experiência existe, se dissermos uma única palavra, ela atinge a pessoa.

Acrescento:

– Não é possível explicar, mas é possível “sentir” e, no imaginário, “mensurar” com a nossa “Sensibilidade da Alma”.

Por sua vez, merecem registro estas observações que selecionei da leitura do livro “O Poder da Consciência”, do consagrado médico Deepak Chopra, lançado no Brasil pela Editora LeYa:

– Manter-se completamente no nível da consciência pura é a iluminação: um estado de unidade com tudo o que existe.

– A espiritualidade lida com o seu estado de consciência. Não é o mesmo que a medicina ou a psicoterapia. A medicina lida com o aspecto físico onde ocorrem mudanças corporais. A psicoterapia lida com uma dificuldade específica, como ansiedade, depressão ou doença mental real. A espiritualidade confronta a consciência diretamente: ela tem o objetivo de produzir uma consciência maior.

– O que você precisa é de uma conexão com um nível mais profundo de si mesmo, um nível do qual o amor e a compreensão possam emergir espontaneamente.

– (…) a pessoa transcende o mundo físico, segue a intuição e os insights, aceita a alma como base do eu, procura sua origem no eterno, aspira estados superiores de consciência, e confia nas forças invisíveis que conectam o indivíduo ao cosmo.
(…) escuta a parte mais silenciosa de si mesmo, confiando que sua mensagem é verdadeira. Confia menos no mundo físico, e mais no mundo interior.

Termino esta mensagem desejando que vocês façam suas “buscas interiores”, para transcenderem a enganosa realidade do “mundo físico”; para serem efetivamente orientados pelas intuições e insights da essência da nossa “Sensibilidade da Alma”, que é “imortal”.

Notas:
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3.Vídeos do youtube: – “Viva Bem – Transcender humano”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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