(060) Sentindo o melhorar da vida, conhecendo as suas “emoções” e “sentimentos”.

Terminei a mensagem sobre o “funcionamento da nossa memória”, antecipando que, em mensagens futuras, seria dedicada atenção para as descobertas da neurociência, com ênfase para o conhecimento básico do mecanismo das emoções e dos sentimentos. Isto porque, não basta buscar o “depertar” da nossa “Sensibilidade da Alma”, sem entender um pouco do nosso cérebro.

Nós sabemos que o cérebro comanda todas as nossas ações e reações; processa as emoções e os sentimentos, além de armazenar as nossas memórias sensoriais.
Ao terminar a leitura do livro “Em busca de Espinosa”, do neurocientista António Damásio (Editora Companhia das Letras), considero ser relevante a comprovação de que o cérebro está em constante reestruturação e que, por meio das percepções, interpreta o significado dos estímulos que recebemos do nosso interior e das experiências vivenciadas no mundo exterior, pelos nossos sentidos.

Certo é que já está provado pela neurociência ser possível, conscientemente, condicionar caminhos cerebrais por estímulos e, assim, renovar e melhor aproveitar o potencial da nossa interioridade. Em outras palavras: podemos organizar o cérebro e a capacidade das suas funções cerebrais.

Destaco da entrevista concedida à Revista Poder, esta resposta do conhecido e consagrado neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho (fonte: www.hgf.ce.gov.br):

– O que fazer para melhorar o cérebro?
Dr. Paulo Niemeyer. Você tem de tratar do Espírito. Precisa estar feliz, de bem com a vida, fazer exercício.

Reforçando esse entendimento, afirma o Dr. Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional (SGI), sobre o que devemos valorar em face da finitude humana (fonte: Suplemento do Jornal Brasil Seikyo, edição 2.287, de 15 de agosto de 2015):

– Do ponto de vista da eternidade, quase não há diferença entre uma vida ‘longa’ e uma vida ‘curta’. Portanto, o que conta não é a extensão da vida de uma pessoa, mas de que forma ela vive.

Aliás, neste espaço virtual tenho sustentado que o ser humano precisa conhecer as suas emoções e sentimentos, para melhor ressignificar o seu “existir” e o seu “viver”.

No programa “Fronteiras do Pensamento 2013”, o neurocientista António Damásio falou sobre a importância da homeostase, a maquinaria da regulação da vida, em seu âmbito biológico e social (fonte: “Neurocientista António Damásio desvenda mistérios do cérebro humano”, em www.fronteira.com):

– Sentimentos são experiências mentais conscientes, que acompanham estados do corpo. Sentimentos abrem o caminho para a aprendizagem, para a construção de cenários futuros. Sem consciência sobre o corpo, não é possível regular a vida.

Em entrevista sobre “A base biológica das emoções”, António Damásio faz a seguinte distinção entre “emoções” e “sentimentos” (fonte: Revista Viver Mente & Cérebro Scientific American, ano XIII, n. 143, dezembro de 2004):

– Na linguagem corrente, os dois termos são considerados sinônimos, o que mostra a estreita conexão que os une. (…) Penso que uma emoção é um conjunto de reações corporais a certos estímulos. (…) Os sentimentos, por sua vez, surgem quando tomamos conhecimento destas “emoções” corporais, no momento em que estas são transferidas para certas zonas do cérebro sob a forma de uma atividade neuronal.

Termino esta mensagem, enriquecendo o “Sensibilidade da Alma” com o ensaio de Maria Bethânia cantando “Sensível Demais”:

Notas:
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3.Vídeo do youtube: “Maria Bethânia – Sensível Demais”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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