Estou lendo “O Futuro de Deus”, livro de Deepak Chopra lançado pela Editora Planeta, sendo por ele considerado “Um guia espiritual para os novos tempos”.
Logo no início da leitura, detive a minha atenção para estas duas passagens:
Primeira: Sobre a possibilidade de treinar o nosso cérebro a se adaptar às experiências espirituais, Deepak Chopra cita este ditado da tradição indiana védica: – “Não é um conhecimento que se aprende. É um conhecimento no qual você se transforma.”
Em seguida, acrescenta: – “Visto pelas lentes da neurociência, isto é literalmente verdade.”
Segunda: Em vez de aceitar o mundo da visão, da audição, do tato, do paladar e do olfato, a mente científica transcende as aparências.
Em razão da natureza da proposta deste espaço virtual (ler a mensagem com o título “Sensibilidade da Alma”), faço as seguintes observações:
Com relação ao ditado védico, o ato de experimentar um “conhecimento novo” nem sempre representará o recebimento cognitivo de um “conhecimento transformador”. Por sua vez, em se tratando da vivência de uma “experiência espiritual” favorável à aceitação da existência de Deus (tema do livro), considero possível o alcance de uma significativa “transformação interior”. Aliás, o próprio Deepak esclarece:
– Este livro propõe que qualquer um pode passar da descrença à crença e ao verdadeiro conhecimento. Cada uma dessas etapas é um estágio evolutivo e, ao explorar o primeiro, você perceberá que o próximo se abre naturalmente. A evolução é voluntária quando aplicada ao mundo interior. Você tem toda a liberdade de escolher o que quiser. (…) Conhecer Deus não é nada místico, da mesma forma como saber que a Terra gira ao redor do Sol. Nos dois casos, um fato é constatado e todas as dúvidas prévias e crenças errantes naturalmente caem por terra.
No livro, essa afirmaçao de Deepak foi reforçada por este seu pensar (que defino como “sentimento de espiritualidade”):
– A espiritualidade também é existencial. A espiritualidade nos pergunta quem somos, por que estamos aqui e quais são os valores mais elevados a serem almejados.
Aliás, especificamente sobre esse enfoque de Deepak, também entendo que a “essencia” do que chamo “sentimento de espiritualidade”, revela e manifesta (em nós) necessidades de “buscas interiores” sobre a nossa própria existência. Tanto que em várias mensagens, repetidamente tenho reproduzido este pensamento de OSHO (fonte: Introdução do livro “Destino, liberdade e alma”, publicado pela Editora Planeta):
– O homem é uma busca – não uma pergunta, mas uma busca. Uma pergunta pode ser resolvida intelectualmente, mas uma busca tem de ser resolvida existencialmente. Não que estejamos buscando algumas respostas para algumas questões; estamos buscando algumas respostas para a nossa existência.
É uma busca porque as perguntas são sobre os outros. Uma busca é sobre sí mesmo. O homem está buscando a si mesmo. Ele sabe que ele existe, mas também sabe que não sabe quem ele é.
Ainda sobre o mencionado ditado da tradição indiana védica, cabe reproduzir esta interesante análise sobre “Razão e Experiência”, de Ben Dupré – pesquisador da Universidade de Oxford (fonte: “50 idéias de Filosofia que você precisa conhecer” publicado pela Editora Planeta):
– Como adquirimos conhecimento? É primariamente pelo uso da razão? Ou a experiência obtida por intermédio de nossos sentidos desempenha papel mais significativo no modo como conhecemos o mundo? Muito da história da filosofia ocidental tem sido influenciada por essa oposição básica entre razão e experiência como princípio fundamental do conhecimento. Especificamente, este é o principal pomo da discórdia entre duas linhas filosóficas – racionalismo e empirismo.
Gosto da subjetividade desta afirmação de Sócrates: – “O melhor conhecimento vem de dentro”.
Em síntese, a proposta deste espaço virtual contém a possibilidade de assimilação de um “conhecimento transformador”. Isto porque o alcance do despertar da sua “sensibilidade da alma” (através das “buscas” de si mesmo”) é um “processo de reintegração” que pode lhe proporcionar o reconhecimento da sua interação “existencial” e “espiritual”, como sendo de um todo. É o estado de “elevação interior” que envolve (como se fosse uma unidade) a sua “realidade interior” com a “percepção sensória” do seu “mundo exterior”.
Por sua vez, sobre a segunda passagem do livro de Deepak Chopra que me chamou atenção, o nosso “conhecimento” do “mundo exterior” não é real. É uma aparente “realidade” identificada pelos nossos sentidos e, também, mediada pela “razão”, formada por “imagens neurais” pelo nosso cérebro. Ocorre, portanto, uma sintonia neural de harmonização do nosso “sentir interior”, com a nossa “percepção sensória” de tudo que nos envolve no “mundo exterior”.
A respeito, teste o seu cérebro com esta proposta de cálculo (fonte: Revista “Segredos da Mente”, ano 1, n. 2, ano 2014, publicação da Editora Alto Astral):
– Faça o cálculo a seguir mentalmente, sem ajuda de papel ou calculadora: – Se você tem 1000 e soma 40, depois acrescenta outros 1000 e soma mais 30. Aí, soma outros 1000 e, agora, mais 20. Por fim, soma outros 1000 e mais 10. Qual é o total? (Resposta nas notas abaixo).
Termino esta mensagem, pedindo atenção para este vídeo sobre o poder do pensamento:
https://youtube.com/watch?v=zn_ovuBS0f0
Notas:
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3.Vídeo do youtube: “O poder do pensamento – física quantica”.
4.Resposta do teste: A grande maioria das pessoas responde 5000, mas está errado. O certo é 4100. É que a sequência decimal acaba confundindo o cérebro.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.