“O FLUIR DA VIDA INFLUENCIA A ESSÊNCIA SENSORIAL DAS NOSSAS NECESSIDADES DE DESCOBERTAS EM TODOS OS SENTIDOS. TUDO DEPENDE DE NÓS, PARA VIABILIZAR OS NOSSOS DESEJOS E PROPÓSITOS DE VIDA. MEUS SENTIMENTOS DE “SOLIDÃO” SÃO POR MIM RECEBIDOS COMO MANIFESTAÇÕES INTERIORES DE APARÊNCIAS SUBJETIVAS DE “REALIDADES ABSTRATAS”, DEFINIDAS PELAS PERCEPÇÕES SENSORIAIS DE IMAGENS SIMBÓLICAS DO MEU EXISTIR EMOCIONAL. MUITAS DELAS ME ENTRISTECEM. OUTRAS, ME ENVOLVEM COM SAUDADES. MAS TODAS ME ENSINAM VALORIZAR AS PESSOAS QUE AMAMOS E CONTINUAMOS A AMAR, MESMO QUANDO NÃO PODEM MAIS ESTAR AO NOSSO LADO, MAS SÓ NAS LEMBRANÇAS DE MOMENTOS INESQUECÍVEIS.”
Estas palavras me foram intuídas para iniciar a continuação da mensagem anterior, sobre a subjetividade das nossas percepções de “solidão”. Nela, o astrólogo Oscar Quiroga recomenda, sempre que possível, a busca de explicações para todas as nossas percepções. Acrescento, neste nosso encontro: principalmente para as de “solidão”, porque concordo com este “sentir” do escritor alemão Hermann Hesse, para o qual peço a sua atenção:
– SOLIDÃO É O MODO QUE O DESTINO ENCONTRA PARA LEVAR O HOMEM A SI MESMO.
Para a doutora em Psicologia, Maria Amélia Penido, as conhecidas transformações sociais aceleradas e provocadas pela revolução tecnológica atingiram, significativamente, a forma como as pessoas interagem entre si. A “solidão”, pode ou não ser potencializada com o uso da internet. Gosto desta sua explicação sobre o fato de também estarmos sozinhos na chamada Era da Hiperconexão:
– Existe uma diferença entre estar sozinho e se sentir solitário. Eu posso estar conectado ou rodeado de pessoas e me sentir solitário, assim como posso estar só e não me sentir solitário. A forma como interpretamos o mundo, ou seja, nossos filtros mentais influenciam como nos sentimos e como nos comportamos. Como a solidão depende de uma avaliação individual e subjetiva, ter mais conexões ou possibilidades de conexão não diminui diretamente esse sentimento. [Nós] ainda cremos nos mitos da solidão e valores de autonomia e independência. A prevalência de solidão está crescendo e ainda assim você não houve as pessoas falando que se sentem solitárias, e isso ocorre porque a solidão é estigmatizada. Equivale a ser uma pessoa derrotada ou fraca, tem uma conotação negativa. Isso significa que estamos propensos a negar que nós nos sentimos sós, o que é tão ilógico quanto negar que sentimos sede, fome ou dor.
É interessante observar que na transcrição acima, bem como na mensagem anterior (com a reprodução de parte da citação da análise literária da doutora Ana Maria Haddad Baptista, em conjunto com Márcio José Andrade da Silva), fala-se sobre “a forma como interpretamos o mundo” e “como nos constituímos em nossa relação com o mundo”.
Pergunto:
– SOB UMA SUBJETIVA PERSPECTIVA DE INTERAÇÕES DE CAUSALIDADES, QUAL É A IMPORTÂNCIA DA NOSSA “VISÃO DE MUNDO” PARA AS PERCEPÇÕES SENSORIAIS DOS NOSSOS POSSÍVEIS ESTADOS DE “SOLIDÃO”?
Termino esta mensagem, respondendo a pergunta acima com esta explicação da doutora Daniela Benzecry:
– A visão de mundo relaciona-se mais ao direcionamento do ponto de vista do indivíduo, ou melhor, se o ponto de vista é de onde parte o olhar, a visão de mundo seria para aonde vai esse olhar, para onde se está olhando: Em qual direção e sentido? Portanto, a visão de mundo indica o sentido da vida da pessoa, em função do que ela vive.
Ora, se o olhar da pessoa é de “solidão”, as imagens recebidas da visão do seu “mundo exterior” serão recebidas com as mesmas matizes coloridas do seu solitário “mundo interior”.
Espero você no nosso próximo encontro.
Notas:
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2. A explicação da psicóloga Maria Amélia Penido, foi reproduzida da sua entrevista publicada na edição 165 da Revista PSIQUE, da Editora Escala; a citação da doutora Daniela Benzecry, do seu livro “Sentimentos, valores e espiritualidade – Um caminho junguiano para o desenvolvimento espiritual” da Editora VOZES.
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Muita paz e harmonia espiritual.