O que motivou esta mensagem foi a vontade de querer “entender” e “explicar” a criação deste “espaço virtual”, por muitos considerado “seletivo”. Sobre esse comentário, abro um parêntese para dizer que não concordo que seja. Isto porque, durante o fluir do nosso “viver”, podemos ser surpreendidos pelo “interesse” (que prefiro chamar de “necessidade interior”) de melhor conhecer os nossos “sentimentos”, “emoções”, “comportamentos” e certas “reações sensórias” que devem ter “significados” e “propósitos” que, subjetivamente, precisamos conhecer. É o mesmo que também acontece com a nossa comunicação escrita ou falada, em que as palavras são determinantes dos seus “significados”. Os “significados” que ensejam os “entendimentos” e as nossas “interpretações”. O que não podemos é esquecer desta advertência do psiquiatra Carl Jung, ao analisar os nossos “sonhos” (Fonte: Collected Works, 16, par. 322):
– Qualquer interpretação é uma hipótese, apenas uma tentativa de ler um texto desconhecido.
Repetidas vezes tenho afirmado que este espaço virtual surgiu de um “chamado interior”. Que as suas mensagens são escritas pelo meu “sentir”, e não pelo meu “pensar” consciente e racional. Na linguagem popular, a essência do “Sensibilidade da Alma” vem “de dentro para fora”. São projeções da “subjetividade humana”, alcançadas pela prática do “voltar-se para si mesmo”, através de “buscas interiores” de “autoconhecimento”.
Com esses esclarecimentos, merecem a sua atenção estas duas perguntas:
I) Como explicar o subjetivo processo interior de “sentir” e de querer “transmitir” a essência das mensagens deste espaço virtual?
Aqui, em sua maioria, as mensagens postadas são recebidas por “intuição” (entenda-se “intuição” como sendo uma faculdade “inata” do ser humano, que “nasce com ele”). No mesmo sentido, gosto desta explicação da psicóloga Dora Ly (Fonte: “Além da Razão”, edição n. 12, ano I, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, com texto da jornalista Talita Cícero):
– A intuição é uma característica inerente ao ser humano. O problema é que nós, ocidentais, valorizamos demais o racional (…). Os orientais, por sua vez, valorizam mais o lado emocional e espiritual, e é claro que “quem pratica yoga ou meditação diária, consegue um aprofundamento muito maior no inconsciente individual e coletivo”.
Quem ignora o lado intuitivo, está perdendo a natureza, a essência do próximo e tudo aquilo que o outro poderia passar para você, simplesmente porque este canal está bloqueado. (…) O importante é tentar harmonizar os sentimentos, equilibrando o lado racional e o emocional e ponderando quando é mais importante a razão e quando devemos dar ouvidos aos nossos sentimentos.
Sobre o nosso “poder de intuição”, destaco estas considerações da excelente abordagem assinada pela jornalista Valéria Alvim (Fonte: Revista Mente e Cérebro, da Scientific Américan, ano XII, edição 287 de dezembro de 2016, lançada no Brasil pela Editora Segmento):
1. A palavra “intuitione”, de origem latina, é formada pela junção de “in” (dentro) e “tuere” (olhar para). Sob esse prisma, a intuição seria a capacidade de voltar-se para si mesmo e ouvir-se. (…)
2. Essa intrigante capacidade (…) é o que chamamos de intuição. Ao usá-la, primeiro nos apropriamos de um saber que nem se quer tínhamos conhecimento de que dispúnhamos e só mais tarde vem a explicação consciente sobre a atitude tomada.
3. Intuir é diferente de pensar ou fazer a análise de uma situação. É uma forma de “saber sem saber”, uma outra espécie de inteligência, que permite processar informações e encontrar saídas e respostas que escapam à lógica convencional.
II) Existe uma espécie de “conexão transcendente”, com sintonia de “harmonização interior”, que viabiliza o despertar da nossa “Sensibilidade da Alma”?
Na sua abordagem acima citada, esclarece a jornalista Valéria Alvim:
– A intuição sempre esteve associada às mais variadas tendências místicas e espirituais”.
Observa-se, com facilidade, que neste espaço virtual estou sempre afirmando que todos nós somos “seres” de origem “Superior” e “Transcendente”.
Aqui são mostradas as “matizes sensórias” do mosaico revelador da essência da nossa interioridade “existencial” e “espiritual”. Tudo está “em nós” e “para nós” ser manifestado. Esse meu “sentir interior” é fortalecido por este “pensar” do psiquiatra Carl Jung, sobre o nosso “conhecimento intuitivo”:
– Cada um de nós tem a sabedoria e o conhecimento que necessita em seu próprio interior.
Termino esta mensagem, desejando que este espaço virtual seja fonte de harmonização com o nosso interior “DESPERTAR DA ESPIRITUALIDADE”.
Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3. Vídeo youtube “Oswaldo Montenegro – intuição”.
Muita paz e harmonia espiritual para todos.
Ótima síntese.
INTUIR: deixar fluir a “inteligência superior” que está presente em cada uma das células que constituem nosso corpo biológico (“apenas” cerca de 10 trilhões de células que nos mantêm vivos, executando silenciosamente suas funções altamente complexas totalmente à revelia de nosso ego consciente). Sabedoria de ouvir esse “Deus” interior e integrá-lo à nossa personalidade, expandindo-a a cada dia.
Obrigado por mais esta mensagem de sua Sensibilidade.
Meu caro Valente,
Estava sentindo falta dos seus profundos e inteligentes comentários que enriquecem o “Sensibilidade da Alma”. Na minha jornada existencial, tenho sido, muitas vezes, guiado pela “intuição”. Nessa caminhada sempre dei atenção às informações recebidas da “mente intuitiva”. Desejo que essa mensagem seja sugestiva da prática do “voltar-se para si mesmo”, além de motivar a comprovação da importância do “escutar interior” da nossa intuição. Edson