(063) Sentindo o luminar do “sentir” de Lya Luft, no dia do seu aniversário.

Tenho uma sublime sintonia com a “Sensibilidade da Alma” da escritora Lya Luft. Na primeira mensagem postada (com o título “Sensibilidade da Alma”), este espaço virtual foi para ela dedicado com estas palavras:

– Este espaço virtual é dedicado à escritora Lya Luft que, com a sensibilidade da sua alma, com o seu jeito humanista de escrever, mostra, com leveza de estilo literário, matizes significativas do nosso viver, com o mesmo encanto da beleza e da suavidade dos voos das gaivotas, pelos céus da nossa existência.

A essência do “sentir” de Lya Luft é contagiante em todos os seus livros. É como o “sentir” todas as manifestações do “BELO”, em nossas vidas.

Os seus livros nunca serão esquecidos, com a passagem ilusória do “tempo”. É a magia da sua “perpetuação existencial”, através da escrita. Permanecerão em nós, dentro de nós, em harmonia de interação plena com a nossa “Sensibilidade da Alma”. Basta chamar, para “sentir” Lya Luft em todo “agora”, como o “agora” deste seu verso (Fonte: “O tempo é um rio que corre”, lançado pela Editora RECORD):

O tempo não existe:
tudo se resume ao instante.
O antes disso
é um rio que corre
mas não passa.
(Basta chamar:
é sempre agora.)

Lya Luft quando escreve, conversa com os seus “leitores imaginários”. Ela explica esse envolvimento em “Procurando o tom”, na Edição Comemorativa 10 anos do livro “Perdas & Ganhos”, lançado em 2013 pela Editora RECORD:

– O que escrevo nasce de meu próprio amadurecimento, um trajeto de altos e baixos, pontos luminosos e zonas de sombra.

– Porém numa conversa ou num silêncio, num olhar, num gesto de amor, como numa obra de arte, pode-se abrir uma fresta. Espiarão juntos, artistas e seu espectador ou seu leitor – como dois amantes.
E assim, rasgando joelhos e mãos, a gente afinal vai.
Por isso escrevo e escreverei: para instigar o meu leitor imaginário – substituto dos amigos imaginários da infância? – a buscar em si e compartilhar comigo tantas inquietações quanto ao que estamos fazendo com o tempo que nos é dado.

– O que escrevo aqui não são simples devaneios. Sou uma mulher do meu tempo, e dele quero dar testemunho do jeito que posso: soltando minhas fantasias ou escrevendo sobre dor e perplexidade, contradição e grandeza; sobre doença e morte. Lamentando a palavra na hora errada e o silêncio na hora em que teria sido melhor falar.

Já tentei, mas fiquei convencido de que é difícil transmitir a “Sensibilidade da Alma” de Lya Luft, mostrada nas leituras dos seus livros. Na capa da edição comemorativa dos 10 anos de “Perdas & Ganhos”, a escritora e imortal da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, reconheceu “ser rara” a sua sensibilidade:

– Lya Luft tem o dom da palavra. Com ela, cria narrativas e pensa o mundo. Reflexões que gravitam em torno de seres romanescos e de criaturas como nós. De rara sensibilidade, ajusta-se às inquientações contemporâneas, compromete-se com o visível e com o que se furta ao nosso exame.

Como ainda não realizei o desejo de conhecer Lya Luft, encanto-me com a luz dos seus livros que são como a das estrelas de Mario Quintana, no céu dos caminhos das nossas vidas (em “Das Utopias”):

Se as coisas são inatingíveis… ora!
Não é motivo para não querê-las…
Que tristes os caminhos, se não fora
A presença distante das estrelas!

Termino esta mensagem, com esta poetizada “ilha de contemplação”, de “autocontemplação”, de onde são projetadas as imagens da “Sensibilidade da Alma” de Lya Luft (fontes: Fernanda Guimarães/Releituras NetSaber, em www.avozdapoesia.com.br):

– “A vida é maravilhosa, mesmo quando dolorida. Eu gostaria que na correria da época atual a gente pudesse se permitir, criar, uma pequena ilha de contemplação, de autocontemplação, de onde se pudesse ver melhor todas as coisas: com mais generosidade, mais otimismo, mais respeito, mais silêncio, mais prazer. Mais senso da própria dignidade, não importando idade, dinheiro, cor, posição, crença. Não importando nada.” (Lya Luft)

Para a nossa Lya Luft, merecidas felicidades, muita saúde e muita inspiração com essência humanista e de AMOR!

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br
3.Vídeos do youtube: – “Entrevista Lya Luft parte 2”.

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
Esta entrada foi publicada em Busca Interior. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *