(181) Sentindo a construção emocional da nossa “autoimagem”.

Nós somos o que sentimos. Somos, como sentimos ser “para nós mesmos”. É assim que experimentamos as “imagens sensórias” da nossa subjetividade interior.
O “conhecimento de si mesmo” também é modelado pela constituição psíquica das nossas “emoções” e “sentimentos”, de acordo com a exposição aos estímulos recebidos em nossas interações de vivências. Certo é que somos nós que valoramos as “imagens sensórias” das nossas realidades (interior e exterior). Também é certo que se realmente somos o que sentimos ser “para nós mesmos”, temos mais condições de melhor avaliar a compreensão existencial e emocional do ser humano. Essa avaliação personalíssima (exclusivamente nossa) é valiosa para a prática individual do “autoconhecimento”. Ela deverá ser uma elaboração consciente de significados para as nossas vidas e que estejam estruturados principalmente na necessidade humana de “sentir-se bem”. Para ser alcançada a plenitude desse estado, o indivíduo necessariamente deverá buscar harmonização interior de integração “consigo mesmo”, com o seu “jeito de ser”, de “pensar” e de “se sentir” nas suas relações existenciais. O que importa é a beleza interior da sua identidade como “pessoa”. Não a sua exterior aparência estética.

O que me inspirou esta mensagem foram as consequências psicológicas (muitas geradoras de psicopatologias) que podem ser causadas pelo modo de “sentir” as interiores manifestações da nossa “autoimagem” (dependentes dos graus de “aceitação”, de “preocupação” e de “comparação” com a nossa aparência estética). Trago como exemplo as “representações mentais” da “imagem do corpo”, que são notoriamente influenciadas por padrões de beleza e de ideais estéticos muito divulgados pela mídia.

Inicio com esta complexa e essencialmente delicada indagação:

– O indivíduo em sociedade, que não aceita o espelhar da sua subjetividade interior, precisa (para ele) ser reconhecido por outras pessoas com a imagem corpórea que ele gostaria de ter, construída pelo seu imaginário estético?

Essa pergunta não será respondida neste espaço virtual. Foi inserida nesta mensagem para ser por todos nós refletida no sentido de serem reconhecidas estas verdades: 1. Todas as vertentes sensórias sobre a aceitação ou não da nossa “autoimagem”, são componentes das nossas condições psicológicas de “autoestima”. 2. As representações mentais de “autoimagens”, inclusive as que ainda estão no nosso imaginário (positivas ou não), influenciam “emoções” e “sentimentos”. 3. Todas as escolas da Psicologia oferecem valiosos suportes de “aceitação íntima” da nossa “autoimagem”, com adequados acompanhamentos terapêuticos de ajuda.

Gosto desta explicação do psicólogo Marco Antônio de Tommaso, especialista em “autoimagem”, que defende ser fundamental a criação de uma “identidade estética”. Em entrevista publicada na edição 81, Ano VI, da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora Escala, ao ser perguntado como a pessoa consegue não ser escravo da beleza, respondeu:

– Existem três tipos de situação que podem responder essa questão: há o ser bonita, visão biológica; o estar bonita, quando a pessoa se submete aos efeitos de produção e recursos, exercícios e nutrição; e também há o se sentir bonita, que se traduz em uma visão adequada da beleza, uma boa percepção da autoimagem. É fundamental enfatizar o que se tem de bom, pois perfeição não existe. A boa aceitação da pessoa com sua imagem está muito mais relacionada à autoestima do que a beleza em si.

Termino esta mensagem reconhecendo que a satisfação com a construção emocional da nossa “autoimagem”, fortalece a “autoestima”. Depende apenas e exclusivamente do nós mesmos para ser alcançada.

Notas:

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Muita paz e harmonia espiritual.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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