É muito importante que você entre na sua vida subjetiva, que é invisível, mas muito real, e lá estabeleça uma conversa longa, profunda e sincera com sua alma, para não se perder no caminho dos fingimentos.
São palavras do astrólogo Oscar Quiroga, em uma das previsões astrológicas divulgadas hoje no seu horóscopo. Pergunto: Como devemos priorizar e vivenciar uma nossa relação existencial de “subjetividade?
– Entendo ser uma questão comportamental que deverá ser naturalmente desenvolvida por meio de “conscientes” e “desejadas” práticas de “autoconhecimento”, que viabilizem um nosso escutar de “interiorizações subjetivas”. Vejam essas informações que selecionei do excelente artigo “O mistério da consciência“, do mestrando em Filosofia pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Daniel Borgoni publicadas em 2014, na Edição 48 da Revista Filosofia, da Editora Escala (numerei):
1. A Experiência consciente, embora seja um estado mental passível de explicação por quem tenha experimentado uma determinada sensação, não é algo que se deva generalizar, já que ela possui um caráter “qualitativo subjetivo”, variando de acordo com cada pessoa ou situação.
2. Quando as tive, cada uma delas apareceu em minha consciência de um determinado modo, ou seja, cada uma delas teve uma característica qualitativa distinta que foi apreendida subjetivamente. Assim, as experiências conscientes têm caracteres qualitativos subjetivos que são acessíveis a partir de um ponto de vista em primeira pessoa e, portanto, são relativos a quem está tendo a experiência.
Agora prestem atenção para esta explicação de Daniel Borgoni:
“Os qualia são associados à consciência fenomênica, tendo em vista que eles são apreendidos pela consciência de quem os experiencia, ou seja, as características ou propriedades qualitativas da experiência subjetiva aparecem a uma consciência. (…) É importante notar que a “consciência” é um termo que admite várias acepções, como estar desperto, estar em estado de vigília, estar atento a algo ou ter autoconsciência. Mas a consciência fenomênica aponta para outro sentido, a saber, a consciência entendida como experiência consciente. Desse modo, sempre quando utilizarmos “consciência” neste texto, estaremos utilizando-a nesse sentido, que também é sinônimo de consciência fenomênica. As experiências conscientes são comuns em nossa vida. Nós sabemos que as vivenciamos e elas são uma das coisas das quais mais temos certeza no mundo, porém são um grande mistério. Nós ainda não conseguimos explicar coerentemente como elas surgem no cérebro e o que elas são.
Termino esta mensagem com este “sentir” do educador e filósofo Paulo Freire (1921-1997):
– “O amor é uma intercomunicação íntima de duas consciências que se respeitam. Cada um tem o outro como sujeito de seu amor. Não se trata de apropriar-se do outro.”
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.