(018) Sentindo o “renascer”, pelo fluir do “ciclo da vida”.

Sempre acreditei (e estou convencido), que todos nós temos responsabilidades existenciais. Que temos, pelo fluir do “ciclo da vida”, oportunidades de “aprendizado”, de “crescimento”, e de aprimoramento do nosso “sentir”, do nosso “pensar”, do nosso “existir”, do nosso “viver”.

Sempre acreditei nas possibilidades de “realizações”, que parecem mostrar os “sentidos da vida” (no plural), que são identificados, principalmente, pela nossa capacidade interior de “valoração” de tudo, nesta “existência”.

É por causa desses meus “acreditar”, do meu “sentir” com a “sensibilidade da alma”, que não gosto de “escutar quando dizem que “esse dia é igual a todos os outros”.

O ser humano nunca deveria pensar assim, porque cada momento é único em nossas vidas. Devem ser vivênciados na plenitude do nosso “sentir” com a “sensibilidade da alma”. Em tudo, e até mesmo em nós, está manifesto um fantástico, necessário, e dinâmico processo de “transformação”. É o processo natural de necessidades de “evolução” que impõe, para nós, um outro processo: – o da necessidade de reinventar o nosso viver. De ressignificar o nosso “existir”, com um novo “olhar” para a “vida”.

Não podemos ficar “parados” diante do permanente fluir do “ciclo da vida” (o ciclo existencial, que não é o mesmo para cada um de nós).

Cada trajetória do nosso “viver” segue os seus próprios “caminhos”. Como o “curso” das águas das corredeiras dos rios, que começa nas nascentes, segue vencendo os obstáculos, até o “desaguar” no oceano. Como acontece com o nosso “correr”, pelo “ciclo da vida”, obedecendo a sucessividade transitória do nosso “nascer”, do “viver”, e do “morrer”.

Portanto, temos definido, para cada um de nós, o nosso próprio “ciclo da vida”.

Com o “sentir” do meu “imaginário”, também acredito que, pelo fluir do “ciclo d vida”, devemos ser impulsionados pelo nosso “merecimento” (mas não com a aceitação desse “merecimento”, como sendo uma espécie de “predestinação existencial” para o nosso “viver”). É por isso que nós somos os únicos responsáveis pelas nossas “escolhas”.

Para mim, no fluir do “ciclo da vida”, esse “merecimento” também não deve ser entendido como sendo uma espécie de condição “meritória” e “personalíssima” de cada um. Isto porque, nesta “existência”, todos nós temos uma “missão existencial” bem definida: – a “missão” de “evoluir” e de “crescer” em todos os sentidos. Mas para essa evolução, sempre precisamos exercitar o sentimento de “valoração” de tudo, no nosso “existir”, no nosso “viver”.

É a “valoração” que coloca matizes do “BELO”, no mosaico existencial e espiritual das nossas “vidas”.

Não gosto de “escutar, quando dizem que “esse dia é igual a todos os outros”. Não gosto, porque a essência de “tudo” que existe no mundo tem origem transcendente. Faz parte do manifesto processo de “evolução” e de “transformação”, por dimensões infinitas do Universo.

Tudo segue a dinâmica do seu próprio “ciclo existencial”. Nessa dinâmica, tudo que existe é “diferente”, Tem a sua “identidade”, a sua “individualidade”.

Tudo, nesta existência, é “diferente”.
Diferente, como o “cair” das folhas secas das árvores. Como a suavidade da leveza dos voos das gaivotas. Como os sentidos dos ventos. Como os infinitos “desenhos” delineados na areia, com a chegada das águas do mar, levadas pelos movimentos das ondas. Como o “nascer” e o “pôr do sol”. Como o nosso “olhar” os horizontes encontrando os céus das nossas vidas. Como as espécies de orquídeas. Como os sorrisos das crianças, em todas as fases da infância. Como a intensidade dos nossos “sentimentos” e das “emoções”.

Tudo é “diferente”, como o “sentir” da “sensibilidade da alma”.

É o “diferente” do “estado de alma” que inspirou Lya Luft com estas palavras, no início da apresentação do seu livro “Múltipla escolha”, publicado pela Editora Record:

– Há muitas maneiras de encarar a nossa existência: como um trajeto, um naufrágio, um poço, uma montanha.
Tantas visões quantos seres pensantes, cada um com a sua disposição: cética, otimista, trágica ou idiferente.
Neste livro ela é um teatro, e um cenário com muitas portas, que estavam ali ou que nós desenhamos. Algumas só se abrem, outras só se fecham; outras ainda se escancaram sobre um nada.
Quando abrimos uma delas – nossa múltipla escolha é que se delineia a casa que chamamos nossa existência, e começam a surgir os aposentos onde vamos colocar mobília, objetos, janelas, pessoas, um pátio que talvez leve a muitos caminhos.

Nenhum dia é igual ao outro. Em todos encontramos um novo “renascer”, com o mesmo “BELO” do florir das “flores”.

Lya Luft,
Hoje é um dia com significado muito “especial” para os seus “leitores imaginários” (como você gosta de chamar), porque estamos comemorando mais um seu “renascer”, pelo fluir do seu “ciclo da vida”.
Digo “renascer”, motivado por este verso do poeta Carlos Drummond de Andrade:

São mitos de calendário
tanto o ontem como o agora,
e o teu aniversário
é um nascer a toda hora.

Merecidas felicidades, e muita luz em todos os dias do seu viver.

Notas:
1.Antes deste espaço virtual ter sido atacado por hackers, esta mensagem foi postada no dia do aniversário da escritora Lya Luft, em 15 de setembro de 2014.
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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