“AUSÊNCIA”
Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.”
São composições poéticas com palavras de Carlos Drummond de Antrade (1902-1987), por mim consideradas percepções interiores de “Inspiração Divina”. Vejam o que também já disseram sobre essa subjetiva sensação de “incompletude”:
Clarice Lispector: “Sou composta por urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu só vivo nos extremos.” ; Friedrich Nietzsche: “Minha solidão não tem nada a ver com a presença ou ausência de pessoas… Detesto quem me rouba a solidão, sem em troca me oferecer verdadeiramente companhia.” ; João Morgado, em “Diário dos Imperfeitos”: “Saudade é sentir o teu cheiro na ausência do teu corpo!”; Proust: “Para quem ama, não será a ausência a mais certa, a mais eficaz, a mais intensa, a mais indestrutível, a mais fiel das presenças?” ; Cecília Meireles: “Tudo em ti era uma ausência que se demorava: Uma despedida pronta a cumprir-se.” e Carl Sagan: “A ausência de evidência não significa evidência de ausência.”
Termino este nosso encontro, com este “sentir” de Jung (1875-1961):
– “QUANDO ESTIVERMOS DIANTE DE OUTRO SER HUMANO, DEVEMOS PROCURAR QUE OCORRA SOMENTE UM VERDADEIRO ENCONTRO DE ALMAS.”
Pensem nisso.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.