(343) Sentindo nas contemplações artísticas, uma das nossas fontes de “autoconhecimento”. (Parte I)

EM ARTE, PROCURAR NÃO SIGNIFICA NADA. O QUE IMPORTA É ENCONTRAR. EU NÃO PROCURO. DESCUBRO.

São palavras de Pablo Picasso (1881-1973). Mesmo desconhecendo a subjetividade da sua motivação, mais uma vez será enriquecida esta nossa caminhada para o “autoconhecimento” (mensagens anteriores: 174, 272, 276, 290, 293, 309 e 323).

Picasso, com a genialidade manifestada em suas criações artísticas, ensinou: Tudo que você puder imaginar é real.

Vejam o que acontece quando transformamos em imagens, as palavras escolhidas para iniciar este nosso encontro (ligue o som):


Agora ficou muito mais fácil [não imaginar], mas “sentir” a magia desses “DESCUBRO” de Picasso, por mim definidos como sendo “ Inspiração de Origem Divina“. Explico:

1. Platão e Aristóteles já preconizavam a beleza como sendo uma “virtude moral”. Kant sugeria que um objeto era belo, quando satisfazia um “desejo desinteressado” . Em seguida complementava: “Os fundamentos da resposta do indivíduo à beleza, existem em sua estrutura de pensamento”.

2. No final do século XIX outros filósofos alemães, como Friedrich Hegel, Arthur Schopenhauer e Friedrich Nietzsche, rompendo essa linha de evolução sobre o “entendimento do belo”, sustentavam: “A arte é a realização plena da vida, podendo qualquer experiência gerar algo belo”.

3. Considerado um dos artistas mais originais do século XX, Paul Klee concebia a realidade artística “totalmente diferente da observação da natureza”. Durante toda a sua carreira, se dedicou à “busca do ponto de encontro entre realidade e o espírito”.

4. Toda obra de arte é sentimento, é emoção (do latim “emovere” – “o que se move”). É o sentimento, a emoção, presentes na essência da obra de arte, que definem o dinamismo criador do artista”, repercutindo no espectador “o movimento que provoca novas combinações significativas entre suas imagens internas”. Portanto, nós precisamos entender uma obra de arte através dos nossos sentidos e não como sendo o resultado de uma ideia de imagem preconcebida do artista que a idealizou.

5. A dinâmica da percepção visual de toda manifestação de arte efetiva-se de modo inconsciente e emerge de estímulos inconscientes de preferências, que variam de acordo com os nossos graus de sensibilidade artística.

6 A percepção visual da imagem de um objeto de arte, tem que ser assimilada de forma global de um sublime “todo harmônico”.

7. O mecanismo de experiência visual estimulado pela harmonia de uma obra de arte, provoca no observador um estado de satisfação interior que será vivenciada de acordo com os nossos parâmetros, conscientes e inconscientes, do que aceitamos como “belo”.

Resumindo este meu “sentir” a plenitude da arte de Picasso“:

Toda manifestação de arte é sentimento. Deve ser por nós concebida com o equilíbrio da estrutura de um “todo harmônico” que enseje o surgimento de um elo de ligação com a essência subjetiva das matizes estéticas das nossas realidades interiores.

Espero você no nosso próximo encontro, quando vamos conhecer a contemplação do “BELO” como sendo uma das nossas fontes de “autoconhecimento”.

Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Sobre Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br
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