Para favorecer o despertar da Sensibilidade da Alma”, devemos, sempre que possível, exercitar a “percepção subjetiva” da nossa “interioridade” e da “realidade exterior”.
É a maneira que podemos melhor entender os significados de todas as nossas “experiências sensórias” e, principalmente, das revelações que são atribuídas à “Sincronicidade”, explicadas por Jung pelas “coincidências significativas” (entenda-se como sendo, em nossas vidas, certos acontecimentos de origem atemporal, que se relacionam entre si de forma significativa, com as suas causas aparentemente inexplicáveis).
Portanto, para desenvolver a percepção dos significados do nosso “sentir interior” (o sentir da “Sensibilidade da Alma”), não basta apenas “voltar-se para si mesmo”. Há necessidade de também procurar em todas as nossas vivências, a “subjetividade” das experiências alcançadas, sejam elas conscientes ou não.
Certo é que vivenciamos muitos fatos, sem que possamos ter consciência dos significados deles. Subjetivamente, tudo o que “sentimos” influencia ou define o nosso “jeito de ser”, de “pensar” e de “viver”. Inclusive em relação ao nosso “sentir” à “realidade exterior”, que atua de modo significativo nas nossas interações e ações interpessoais. A respeito, merece destaque esta observação da Doutora Elisabeth Pacherie, do Instituto Jean Nicod, de Paris, na sua abordagem “As engrenagens do sentimento” (Fonte: Série “Biblioteca Mente Cérebro”, n. 5, sobre o tema “Emoções”, lançada no Brasil pela Editora Duetto):
– A emoção é determinada pela maneira como representamos a situação e pela avaliação que dela fazemos.
Resumindo: Para favorecer o despertar da “Sensibilidade da Alma”, devemos manter uma permanente conexão com a “subjetividade” do nosso “sentir interior”, durante o fluir das nossas “ações individuais”, nas “relações interpessoais” e nas interações com a nossa “realidade exterior”.
PERGUNTO:
– Onde encontrar e vivenciar o estado de “FELICIDADE”?
Ora, o “desejo de ser feliz” é condição humana de natureza essencialmente “subjetiva”. Pertence ao nosso “sentir interior”. É um estado de “satisfação pessoal” que para ser conquistado dependerá, ou não, de uma sintonia plena de harmonização “interior” ou “exterior”. Conclui-se, portanto, que o “desejo de felicidade” se efetiva, existencialmente, quando exercitamos a “percepção subjetiva” das condições necessárias para o seu alcance, seja na nossa “interioridade”, seja através das nossas interações com a “realidade exterior”. Aliás, esse mecanismo psíquico do nosso “mundo inconsciente”, se aplica a tudo do nosso “existir” e, portanto, do nosso “viver”.
Gosto deste ensinamento do lama brasileiro Michel Rinpoche, mestre do budismo tibetano, sobre como alcançar um estado maior de satisfação e autonomia, transmitido em entrevista publicada na Revista Mente Cérebro, Ano XIX, n. 245, da Scientific American, lançada no Brasil pela Editora Duetto:
– Satisfação não está associada ao quanto temos, ao contrário: quanto mais temos mais criamos necessidades, mais insatisfeitos seremos; essa consciência nos torna mais responsáveis pela forma como vivemos.
Termino esta mensagem, entendendo que nós precisamos recepcionar a “subjetividade” no nosso “existir”, e com ela encontrar um novo “significado” para a nossa vida.
Notas:
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Muita paz e harmonia espiritual para todos.