(271) Sentindo em 2020, a sabedoria na arte de viver as nossas “realidades”.

“NÓS SEMPRE QUEREMOS E PRECISAMOS DE ARTE PARA INTERPRETAR A REALIDADE E CRIAR SIGNIFICADO”
São palavras do escritor norte-americano Kim Stanley Robinson sobre o subgênero de ficções climáticas, do seu livro “Nova York 2140” que acaba de chegar ao Brasil. Segundo André Cáceres, jornalista do Estadão, especializado em cultura e literatura, o livro de Robinson narra uma Manhattan submersa pela elevação de 15 metros do nível do mar, causada pelo aquecimento global. Mas esse não é o tema desta mensagem. O que a motivou foi o meu desejo de aplicar o sentido das palavras de Robinson à outras realidades do nosso “viver”.

Começo perguntando para você:

– PODEMOS CRIAR, E TAMBÉM MODIFICAR, AS NOSSAS REALIDADES?

Estou convencido de que sim. Lendo dois dos seus livros, selecionei estes
ensinamentos do médico indiano Deepak Chopra:

1.O mundo que você aceita como real parece ter qualidades definidas. Algumas coisas são grandes, outras pequenas; umas são duras, outras moles. No entanto, nenhuma dessas qualidades significa qualquer coisa que não seja a sua percepção. O mundo é o reflexo do mecanismo sensorial que o registra.
2.A percepção define as nossas realidades.
3.A realidade não vai e vem. Ela não nos abandona. O que muda é o modo como nos relacionamos com ela.
4.Você não é um receptor passivo percebendo uma dada realidade fixa. Você processa a sua experiência.
5.Você transforma a sua realidade ao entrar em um novo estado de consciência.

Complemento com esta interessante explicação da doutora Daniela Benzecry, que encontrei no seu belo livro “Sentimentos, valores e espiritualidade – Um caminho junguiano para o desenvolvimento espiritual”, lançado no Brasil pela Editora VOZES, que recomendo a leitura:

1.Os sentimentos e as emoções pesam nas nossas escolhas e, por conseguinte, em nossos comportamentos e no modo como nos adaptamos à realidade.
2.Embora costumemos ver no mundo externo a causa para o que sentimos, o mundo externo não é a causa em si, funcionando mais como uma oportunidade dos sentimentos surgirem, pois o sentimento é uma função de relação. É necessário haver a interação do mundo interno com o mundo externo ou com um conteúdo interno para que o sentimento ocorra.
3.A realidade externa funcionaria como tela em que o mundo interno é projetado por meio da emoção deflagrada no encontro com o mundo externo, e a vivência consciente daquela emoção produziria o sentimento.

Por sua vez, descobertas da Neurociência estão mapeando o nosso cérebro. Sobre o que considero ser “a fisiologia cerebral” (expressão que inventei para o entendimento do nosso processo de criação de “realidades” e “significados”), esclarece o médico clínico geral, doutor Gilberto Katayama, no seu artigo sobre “Mudança de padrões da consciência”, publicado em abril de 2015 na edição 112 da Revista PSIQUE, lançada no Brasil pela Editora ESCALA:

– Sabemos que existem três áreas do sistema nervoso central atuando no processamento psicológico das informações enviadas ao cérebro pelos órgãos do sentido. Essas três áreas são o “sistema reptiliano”, responsável pelo instinto de sobrevivência (…). A outra área é o “sistema límbico”, em que estão registrados os sentimentos de conforto e desconforto. É a área onde ficam os sentimentos básicos, do medo, da raiva e da tristeza. É onde guardamos as emoções, a inteligência emocional. A última área é o “sistema neocórtex”, responsável por atribuir significado aos fatos vivenciados. É área da mente racional que nos permite relacionar com o mundo exterior de forma lógica. É a área onde os processos cognitivos acontecem, onde a realidade é reconhecida e compreendida dentro de um processo lógico ditado pelas regras estabelecidas pela convivência e interação social. A área da inteligência racional.

Complementa, em seguida:

– Portanto, havendo estímulo, o cérebro responderá por meio da mente racional, emocional e sensorial, manifestando-se através dos comportamentos relativos. O que é importante saber é que desde o momento da concepção, passando pelo nascimento, infância, adolescência e até hoje, vamos armazenando na memória essas experiências conforme vivenciamos. Sentimentos, sensações e significados atribuídos e comportamentos, sejam eles relativos ou assertivos. E a cada estímulo recorremos a essas memórias, regredimos de forma inconsciente e adequamos a reatividade ao momento presente.

Inspirado nas palavras de Robinson, entendo que podemos fazer tudo com “arte”. Mas que seja uma “arte de viver” e de aprender “sentir” com a “Sensibilidade da Alma”. A receita está na “arte de viver” com sentimento de “AMOR”; está na “arte de viver” fugindo da mesmice” do “viver por viver” e sem propósitos; está na “arte de viver” escutando, mesmo com o escutar silencioso da “Alma”, o canto dos pássaros ao raiar o dia; está na “arte de viver” com o romantismo dos apaixonados pela “vida”, assim como eles também se apaixonam pelas suas pessoas amadas; está na “arte de viver” ensinando a sabedoria de que tudo que precisamos está dentro de nós. Basta acreditar!

A “arte viver” para criar as nossas “realidades” é consolidada, mesmo com a “ilusória passagem do tempo”, principalmente pelas práticas de “autoconhecimento”. Como exemplo, ensina o doutor Carlos São Paulo, médico e psicoterapeuta junguiano, para os que buscam relacionamentos amorosos:

– SOMOS VIAJANTES COM UM DESTINO A CUMPRIR E, MUITAS VEZES, NOS DISTANCIAMOS DESSE CAMINHO. A NECESSIDADE DE AMAR, ESPECIALMENTE A NÓS MESMOS, É A DIREÇÃO DE AMAR O OUTRO. O MUNDO ACABARÁ PARA CADA UM DE NÓS E ESTAREMOS MERGULHADOS NOS MISTÉRIOS QUE A CONSCIÊNCIA NÃO ALCANÇA.

Finalmente, peço sua atenção para estas belas e expressivas manifestações de Michelangelo, John Lennon, Leonardo da Vinci e Clarice Lispector, sobre “arte”:
– A verdadeira obra de arte é apenas uma sombra da perfeição divina.
– A arte é a expressão da mente, nossa vida é nossa arte.
– A lei suprema da arte é a representação do belo.
– Na arte, a inspiração tem um toque de magia, porque é uma coisa absoluta, inexplicável. Não creio que venha de fora pra dentro, de forças sobrenaturais. Suponho que emerge do mais profundo eu da pessoa, do inconsciente individual, coletivo e cósmico.”

Termino esta última mensagem de 2019, agradecendo a sua participação nesta nossa jornada para o “autoconhecimento”. Desejo para todos, um 2020 de novas “realidades” para as suas “artes de viver”. Fiquem com este ensinamento do ator britânico Jaime Buckley, em Prelúdio de um herói:

– Existe um momento na vida em que o Universo apresenta uma oportunidade para que você se eleve ao seu potencial máximo. Uma porta aberta que pede apenas que o coração passe por ela, pegue-a e segure-a. A escolha nunca é simples. Nunca é. Nem deveria ser. Mas aqueles que viajam por esse caminho, sempre que olham para trás, percebem que o teste era sempre sobre o coração. O resto é apenas a prática.

Notas:
1.A reprodução parcial ou total, através de qualquer forma, meio ou processo eletrônico, dependerá de prévia e expressa autorização do autor deste espaço virtual, com indicação dos créditos e link, para os efeitos da Lei 9610/98, que regulamenta os direitos de autor e conexos.
2.As citações de Deepak Chopra foram selecionadas e reproduzidas dos seus livros “Corpo sem idade, mente sem fronteiras – A alternativa quântica para o envelhecimento”, lançado no Brasil pela Editora Rocco com tradução de Haroldo Netto, e “O Futuro de Deus – Um guia espiritual para os novos tempos, lançado no Brasil pela Editora Planeta com tradução de Cristina Yamagami; a do doutor doutor Carlos São Paulo foi reproduzida da Revista PSIQUE, Ano VII, n. 93, da Editora Escala. As s fontes das outras citações constam do texto da mensagem.
3.Havendo, neste espaço virtual, qualquer citação ou reprodução de vídeos que sejam contrários à vontade dos seus autores, serão imediatamente retiradas após o recebimento de solicitação feita em “comentários” no final de cada postagem, ou para edsonbsb@uol.com.br

Muita paz e harmonia espiritual.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

2 comentários em “(271) Sentindo em 2020, a sabedoria na arte de viver as nossas “realidades”.”

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