(162) Sentindo o coração, nas relações do “amar” com a do “ser amado”.

Relacionamento não é apenas uma “caminhada a dois”. Precisa ser elaborado.
É sintonia de “atração”, de “empatia”, de “afinidades”, de “necessidades”, e de “união espiritual”. É saber partilhar “emoções” e “sentimentos”. É busca permanente do “inseparável”.

Por dimensões infinitas do nosso existir, relacionamento é encontro de “almas”.

Para o médico indiano Deepak Chopra, “seja qual for o relacionamento que você atraiu para dentro de sua vida, numa determinada época, ele foi aquilo de que você precisava naquele momento”.

Em todo relacionamento, a volição (vontade) de querer se completar com o outro, só se realiza quando há integração de correspondência de intenções de sentimentos; quando há junção de “propósitos de vida”.

Relacionar-se, é saber experienciar as mútuas necessidades de construção de novos ideais de vida. Sujeita-se ao natural envolvimento de convergência de diversidades humanas, em todos os sentidos. Ao contrário, as tentativas de união com a prevalência dual de igualdades do nosso “jeito de ser”, de “agir”, e de “pensar”, não favorecem a consolidação de um bom e enriquecedor “relacionamento”.

Estou convencido de que em todas as relações do “amar” com a do “ser amado”, existe uma linguagem própria e universal.Refiro-me à comunicação da “fala” e do “escutar” com o coração, em harmonia sensória com a essência da nossa “Sensibilidade da Alma”. Por essa razão, o que motivou esta mensagem foram as considerações feitas pela Dra. Michele Müller, especialista em Neurociências e Neuropsicologia da Educação, que se dedica à pesquisa do desenvolvimento da linguagem. No seu artigo “Desafios da comunicação”, ela sustenta que a nossa “linguagem influencia na forma como nos relacionamos e enxergamos o mundo, e o seu exercício envolve capacidades que não são esquecidas”. (Fonte: Revista PSIQUE, n. 133, abril de 2017, lançada no Brasil pela Editora Escala). Destaco o seguinte:

– Não foi a necessidade de aprender sofisticadas fórmulas matemáticas ou de construir espaçonaves que obrigou a evolução a nos privilegiar com um cérebro tão complexo. Foi a necessidade de conviver e de interagir com tantas mentes diferentes da nossa. (…) Nossa extraordinária habilidade de comunicação, resultado de uma necessidade vital de conexão, é um dos aspectos mais fundamentais daquilo que nos faz humanos. A linguagem, assim como a capacidade de interpretar a mente do outro, partindo dos mais sutis e inconscientes sinais, é uma derivação da nossa interdependência, da busca pelo amor, aceitação e aprovação.

Em seguida, esclarece:

– A linguagem pode não nos salvar da condição solitária de perceber o mundo de uma perspectiva única. Mas nos oferece o alívio de compreender e ser compreendido em um nível que, mesmo dando acesso à beirada do mar de percepções da nossa mente, favorece conexões profundas e significativas.

Termino esta mensagem pedindo para você, nos seus relacionamentos, “escutar” o seu coração. Com esse “escutar”, aprendemos a sentir e gostar de como as pessoas são, e nunca como desejamos que elas sejam.

Notas:

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3. Video do youtube (“Ivete Sangalo – Olha” – vevo).

Muita paz e harmonia espiritual para todos.

Publicado por

Edson Rocha Bomfim

Sou advogado, natural do Rio de Janeiro e moro em Brasília. Idade: Não conto os anos. Tenho vida. Gosto de Arte, Psicologia, Filosofia, Neurociência, Sociologia, Sincronicidade e Espiritualidade. Autores preferidos: Carlos Drummond de Andrade, Fernando Pessoa, Mark Nepo, Cora Coralina, Clarice Lispector, Lya Luft, Mia Couto, Mario Sergio Cortella e Mauro Maldonato. edsonbsb@uol.com.br

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